Meningite Meningocócica: Mitos e Verdades sobre a Doença


Causada pela bactéria Neisseria meningitidis, a meningite meningocócica é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal

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Uma doença potencialmente grave, que pode deixar sequelas no paciente e até mesmo levar a óbito em até 24 horas.

Devido à sua gravidade e rápido poder de evolução no quadro clínico, é importante que a população conheça mais sobre a meningite meningocócica.

Confira, abaixo, alguns mitos e verdades sobre a doença.

Só existe um tipo de meningite.

MITO. A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus.1,5 Em geral, as meningites bacterianas se destacam pela sua gravidade e, dentre elas, destacamos a meningite meningocócica, que é causada quando a bactéria Neisseria meningitidis — também chamada de meningococo – atinge as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

O meningococo possui pelo menos 12 sorogrupos identificados,sendo que seis deles são os mais comuns: A, B, C, W, X e Y. Quando observamos todas as faixas etárias, no período de 2016-2023, o sorogrupo de maior incidência no Brasil foi o C. No mesmo período, o sorogrupo B foi o principal causador da doença em bebês no primeiro ano de vida e crianças menores de 10 anos.

A meningite meningocócica não é uma doença tão comum, mas é grave.

VERDADE. A meningite meningocócica pode causar sequelas graves como amputações e até mesmo levar a óbito. Em 24 horas, a doença pode ir de sintomas leves a quadros graves: a evolução rápida e a alta letalidade da meningite meningocócica são algumas das características mais preocupantes da infecção.

A meningite meningocócica pode ser transmitida por gotículas respiratórias.

VERDADE. Assim como acontece com outras doenças de transmissão respiratória, o meningococo pode ser facilmente transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas ou secreções respiratórias através de tosse, espirro, beijo ou compartilhamento de copos, por exemplo. 1,3

A meningite meningocócica acomete apenas bebês e crianças pequenas.

MITO. Apesar de acometer as crianças, principalmente as menores de 5 anos, a meningite meningocócica pode acometer todas as faixas etárias. Além disso, até 23% dos adolescentes e adultos jovens podem carregar em si o meningococo sem adoecer, sendo chamados de portadores assintomáticos. Esse grupo, além de poder ser acometido pela doença, é o principal transmissor da bactéria. 

Os sintomas iniciais da meningite meningocócica podem ser confundidos com outras doenças infecciosas.

VERDADE. Os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, náusea e vômito — podem ser confundidos com outras doenças infecciosas e dificultar o diagnóstico inicial. Na sequência, o paciente pode apresentar sintomas clássicos da doença, como pequenas manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. 1,3 Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, choque, infecção generalizada, falência múltipla de órgãos e risco de óbito

A meningite meningocócica não tem cura.

MITO. Se a doença for diagnosticada rapidamente e o tratamento adequado for iniciado, a maior parte dos pacientes podem se curar completamente. Por isso é importante ter atenção aos sintomas e buscar atendimento médico adequado o quanto antes. No Brasil, a letalidade média dos últimos anos foi de 24%, e a mundial de 10% dos casos, mas se não for tratada, a doença pode ser fatal em até 50% dos casos. Dentre os sobreviventes, 10% a 20% apresentam alguma sequela grave como dano cerebral, perda auditiva ou amputação de membros

A vacinação é a principal forma de prevenção contra a meningite meningocócica.

VERDADE. A vacinação é a principal forma de prevenção contra a doença. Atualmente, existem vacinas diferentes para a prevenção de cinco sorogrupos da meningite meningocócica: A, B, C, W e Y. As sociedades médicas recomendam, ainda, as vacinas meningocócica ACWY e meningocócica B para todas as crianças e adolescentes em seus calendários de rotina, com esquemas aos 3, 5 e 12 meses de vida. Para a vacina meningocócica ACWY, as sociedades recomendam dois reforços até a adolescência, com intervalo de 5 anos entre as doses. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece a vacina meningocócica contra os sorogrupos A, C, W e Y em dose de reforço ou dose única para adolescentes entre 11 e 14 anos e a vacina meningocócica C para crianças de 3, 5 e 12 meses. As vacinas meningocócica B e a vacina meningocócica ACWY para outras idades estão disponíveis na rede particular

Fonte: A GSK é uma biofarmacêutica multinacional, presente em mais de 75 países, que tem como propósito unir ciência, tecnologia e talento para vencer as doenças e impactar a saúde global.

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