Osteoporose Associada à Gestação ainda é pouco Conhecida

A maioria dos casos é diagnosticada no terceiro trimestre da gravidez ou nas primeiras semanas de amamentação, principalmente em paciente em sua primeira gestação.

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A Osteoporose, doença que pode atingir todos os ossos do corpo, fazendo com que fiquem fracos e que possam se quebrar ao mínimo esforço, associada à gestação e à lactação é uma condição rara, ainda pouco conhecida. A maioria dos casos é diagnosticada no terceiro trimestre da gravidez ou nas primeiras semanas de amamentação, principalmente em paciente em sua primeira gestação.

Na gravidez há um aumento nas necessidades de cálcio para a formação do esqueleto do feto e durante a lactação para produção de leite materno. “Apesar de ocorrer uma perda óssea materna temporária em média de 5 a 10% durante todo o ciclo de gestação e lactação, na grande maioria das mulheres ocorre recuperação completa após o desmame”, explica o reumatologista Felipe Merchan Ferraz Grizzo, membro da Comissão de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

No entanto, algumas raras mulheres poderão, durante esse processo, apresentar um quadro osteoporótico com fraturas. “Na maior parte desses casos as alterações hormonais do ciclo da gravidez atuam apenas como fatores estressores que desmascaram baixo pico de massa óssea ou doença óssea pré-existente, na maioria das vezes desconhecidos pela paciente”, completa o especialista.

As fraturas vertebrais são as mais comuns, particularmente na coluna torácica e lombar, e caracterizadas por dores muito fortes e prolongadas, perda da estatura e limitação funcional. Felizmente, a Osteoporose associada a gravidez e lactação é uma condição muito rara e atinge de 4 a 8 mulheres para cada milhão de gestações.

De acordo com o reumatologista, quando a mulher é identificada com fratura osteoporótica durante a gestação ou a lactação, as recomendações são sempre que possíveis de interrupção da amamentação, repouso, consumo diário de cálcio em torno de 1.500mg e suplementação de vitamina D em casos de insuficiência ou deficiência. Em alguns casos, também necessária a utilização de coletes estabilizadores da coluna e a indicação de analgésicos, além disso, o especialista também deve avaliar a necessidade do uso de outros medicamentos, conforme o quadro clínico de cada paciente.

Fonte: Reumatologista Felipe Merchan Ferraz Grizzo, membro da Comissão de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

O assunto será abordado pelo Dr. Felipe Grizzo durante o 41° Congresso Brasileiro de Reumatologia que será realizado em Belo Horizonte, na conferência Osteoporose na gestação e lactação, no dia 20 de setembro.

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