6 Dicas Essenciais para a Depilação durante a Gravidez e o Pós-Parto

Dra. Judith Cavalcante, traz dicas sobre os principais métodos para remover os pelos corporais nestes períodos

Inúmeras transformações são percebidas pelas mulheres ao longo da gestação e no pós-parto, período em que muitas delas notam que os cabelos estão mais fortes e brilhosos e a pele mais hidratada e macia. Segundo a dermatologista Dra. Judith Cavalcante, o aumento de pelos corporais também é observado pelas mulheres nessa fase, como uma consequência da mudança hormonal que o corpo feminino enfrenta durante a gestação.

Para aquelas que querem manter a depilação em dia, a especialista traz algumas dicas essenciais pensadas especialmente para a pele da gestante, que se torna mais propensa a irritações e alergias por conta das alterações na imunidade e por absorver de maneira mais intensa as substâncias que entram em contato com a pele, que está mais vascularizada, além dos fatores hormonais que tornam a pele das grávidas mais propensa a manchas.

“As mulheres grávidas podem fazer depilação em qualquer fase da gestação, a diferença é que escolher métodos menos agressivos para a pele se torna ainda mais importante. O mesmo vale para as primeiras semanas após o parto, já que também são acompanhadas de diversas mudanças hormonais”, explica Dra. Judith.

Fique por dentro das indicações da especialista para uma depilação bem-sucedida durante a gestação e no pós-parto:

1. Método de depilação: Esta será sempre uma escolha particular de cada mulher. Métodos que utilizam laser e luz intensa pulsada são contra-indicados pela maior chance de hiperpigmentação. Os cremes depilatórios também devem ser evitados, pois além de a gestante estar mais propícia a alergias por alterações na imunidade, a vascularização aumentada da pele nesta fase faz com que esses potenciais irritantes sejam mais absorvidos. Na depilação com cera, deve-se evitar o calor e o trauma de puxar excessivos, que também podem gerar escurecimento da pele. O depilador elétrico é uma escolha interessante, já que não promove o contato da pele com irritantes ou calor. Porém, como em qualquer método, deve-se redobrar a atenção à exposição solar na área depilada, que aumenta ainda mais o risco de manchas.
    
2. Aumento no crescimento dos pelos: Mesmo aquelas que antes da gravidez já realizaram depilação a laser voltam a ter crescimento de pelos na gestação. Primeiro porque a depilação a laser, apesar de muito eficaz, não elimina 100% dos fios, permanecendo na pele os mais claros e finos. Na gestação, os folículos que restam sofrem maior influência hormonal, com aumento desses pelos. Segundo, porque a depilação a laser é prolongada, não definitiva, e após alguns anos os pelos vão retornando progressivamente, sendo necessário sessões de manutenção.
    
3. Pele mais irritada: É importante evitar métodos já testados previamente à gestação e que irritaram a pele. Nesta fase, tudo o que despertar alguma alergia ou inflamar terá ainda maior tendência a gerar manchas.
    
4. Aparar x Depilar: Aparar é sempre menos agressivo que arrancar ou raspar rente à pele. Quando aparamos, fica uma pequena extremidade do pelo fora da pele, evitando que encrave ou gere foliculite. Entretanto, para quem não tem esta tendência, arrancar promove um resultado mais duradouro, necessitando depilar com menos frequência. Ao raspar com lâminas descartáveis de forma rente, a camada mais superficial da pele é agredida, com maior predisposição a irritações (inclusive por dermatite de contato ao próprio metal), foliculite e encravamento. No pós-parto, para aquelas que fizeram uma cesariana, por exemplo, deve-se evitar métodos depilatórios na zona dos pontos da cesárea até a completa cicatrização da ferida.
    
5. Depilação íntima: Pela dificuldade de visualizar a região íntima nas fases mais avançadas da gestação, caso escolha realizar o processo sozinha em casa, evite o uso de lâmina ou cera quente, pois podem gerar cortes e queimaduras. Se der preferência ao depilador elétrico, escolha dispositivos com extremidades arredondadas e proteção da área cortante no caso dos raspadores.
    
6. Depilação x Dor: Para além das rápidas mudanças estruturais, hormonais e emocionais que ocorrem durante a gestante e no pós-parto, há que se dizer que a sensibilidade à dor é extremamente relativa e envolve também aspectos culturais. Entretanto, métodos que cortam o fio, como os aparadores elétricos, são indolores e excelentes opções para pessoas mais sensíveis à dor.

Dra. Judith traz ainda os principais cuidados a serem tomados antes, durante e depois da depilação no caso de gestantes e no puerpério. Acompanhe:

ANTES

• Mantenha a pele hidratada (usar hidratante, evitar banhos com água muito quente, consumir 2-3 litros de água por dia). A hidratação ajuda a manter a função de barreira de pele protegendo-a de agressões.
• Evite o uso de substâncias com maior potencial de irritar a pele, especialmente na região a ser depilada.

DURANTE

• Higienize a área a ser depilada antes e depois do procedimento;
• Escolha o método depilatório mais gentil possível, de acordo com a sua realidade;
• Atente também para a higiene do método. Opte sempre por lâminas descartáveis novas, não utilize cera e mantenha o depilador elétrico limpo;
• Se optar por se depilar sozinha com lâmina ou cera é preciso ter visualização direta da área a ser depilada, para evitar acidentes.

DEPOIS

• Evite o sol imediatamente após a depilação e use sempre filtro solar ao se expor, para evitar queimaduras e manchas na pele;
• Use água termal na área depilada, pois proporciona efeito calmante;
• Sempre que houver lesões de pele geradas pela depilação, suspenda o método e procure um dermatologista.

Fonte:

Dra. Judith Cavalcante é consultora de Philips e médica dermatologista credenciada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB).

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