25% da população brasileira sofre com algum tipo da doença
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O médico Flavio Massao Mizoguchi, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), membro do Departamento de Alergia da Associação Brasileira de Otorrinolariongologia, explica como se prevenir das alergias mais comuns.
Uma pesquisa recente publicada na revista brasileira de asma, alergia e imunologia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) aponta que a prevalência de doenças alérgicas, inclusive de asma, está aumentando no mundo, bem como a complexidade e gravidade dessas doenças, especialmente em crianças e adultos jovens. A asma no Brasil, 20% dos que sofrem com o problema são crianças e adolescentes e no caso da rinite alérgica, pode afetar até 25% da população. Diante de um quadro tão alarmante, o Ministério da Saúde instituiu o Dia Nacional de Prevenção da Alergia, celebrado em 7 de maio, como um meio de conscientizar a população sobre a doença. Entre as alergias mais comuns estão as respiratórias, como asma e rinite alérgica; as de pele, como a dermatite atópica, dermatite de contato e urticária; as alergias oculares; alergias alimentares e a temida anafilaxia/choque anafilático, quadro grave pode levar à morte.
De acordo com o otorrinolaringologista Flavio Mizoguchi, especialista em rinite alérgica, os casos alérgicos geralmente contam com histórico familiar de alergias. “A genética impacta, mas a mudança do estilo de vida pode contribuir com o desenvolvimento ou piora dos quadros alérgicos”. Passar mais tempo em ambiente doméstico e menos tempo em ar livre, casa/apartamento menos ventilados e com carpete favorecendo proliferação de ácaros e fungos, poluição atmosférica, animais domésticos dentro das residências e alteração do microbioma intestinal são exemplos que podem intensificar a alergia.
“Algumas alergias respiratórias são sazonais, como a alergia aos pólens na primavera; outras ocorrem ano todo com piora no inverno como no caso dos ácaros”, destaca o especialista. Alergias aos epitélios de animais, como gatos e cachorros, também são muito comuns entre os brasileiros.
Para o médico, a melhor solução nos casos mais simples é manter a residência, além dos demais locais de convívio, sempre arejada e limpa. “A higienização da residência ou local de trabalho é importante. Aspirar casa com animais domésticos com um aspirador que tenha filtro HEPA é uma boa recomendação. É indicado, também, utilizar capas protetoras antiácaro nos colchões e travesseiros”, diz. Manter hábitos saudáveis de prática esportiva, alimentação saudável balanceada e higiene nasal com soro fisiológico.
O especialista alerta que casos graves, como a asma e rinite alérgica persistente severa, devem ser tratados com médicos especialistas. “A busca por um médico especialista é sempre a melhor solução para agilizar o tratamento e a cura”, sugere. “Muita gente subestima as alergias. Elas precisam ser analisadas e tratadas rapidamente para que problemas maiores sejam evitados”, completa Massao.
Fonte: Médico Flavio Massao Mizoguchi, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), membro do Departamento de Alergia da Associação Brasileira de Otorrinolariongologia