Planejar a gravidez e estar ciente do que estar por vir torna a gravidez um momento tranquilo e alegre
Emoção e ansiedade, essas são as sensações que descrevem bem a maternidade, mesmo que a gravidez seja planejada. Um momento novo, único e muito especial tanto para a futura mamãe, quanto para o futuro papai. A chegada de um bebê é a realização de muitos casais e vem acompanhada de dezenas de dúvidas.
A primeira dúvida que os futuros papais têm é: quando gerar uma nova vida?
O filho deve nascer primeiro no coração, o planejamento começa com o desejo de gerar uma nova vida. Quando este desejo já existir, é hora de pensar nas condições para o aumento da família: a estrutura familiar, os aspectos financeiros, de moradia e o mais importante, a afinidade entre os pais. “As mudanças serão gigantescas: a intimidade do casal sofre muito com o novo estilo de vida; não há mais aquela liberdade para sair a qualquer momento. A vida sexual também sofre com as mudanças, o diálogo fica prejudicado, pois as conversas giram em torno apenas do bebê”, afirma o Dr. Edilson da Costa Ogeda, diretor da Maternidade do Hospital Samaritano.
Segundo o especialista, a melhor forma de se preparar para receber um filho é buscar informações nas mais variadas fontes. Ler livros sobre o assunto é sempre muito bom para se informar, mas as conversas com amigos e familiares ajudam a identificar as histórias vencedoras e as perdedoras. Muitas vezes, vale a pena até procurar um profissional para ajudar na nova fase. “A orientação psicológica, quando necessária, poderá dar as ferramentas que o casal precisa para enfrentar as dificuldades”, afirma Ogeda.
Planejar é fundamental, desde o preparo da saúde dos futuros papais, até o uso de medicamentos pela mamãe que ajudam no desenvolvimento saudável do bebê, como o ácido fólico, um componente derivado da Vitamina B, que ajuda diminuir o risco de malformação no sistema nervoso do embrião.
Assim que o exame da mamãe dá positivo, outras dúvidas aparecem. Cada uma das perguntas são respondidas aos poucos e a cada etapa que passa, mais perguntas vão surgindo. Em geral, a gravidez tem seu curso influenciado por uma série de fatores, por isso, a grávida deve ter o cuidado de fazer um acompanhamento pré-natal rigoroso.
Deve fazer todos os exames laboratoriais, ter uma alimentação equilibrada, comer em intervalos menores de tempo e beber bastante líquido durante todo o dia, o que favorece a digestão, o funcionamento intestinal e diminui o risco do ganho de peso excessivo. Segundo o Dr. Ogeda, as deficiências nutricionais podem acarretar aumento nos índices de abortos, malformações, restrição de crescimento intra-uterino e anemia.
Além disso, é ótimo manter uma atividade física regular quando não há contra-indicações médicas, como caminhada, natação, hidroginástica ou ioga.
Um dos assuntos que mais assombram os casais “grávidos” é o sexo. Muitos ficam com medo de ter relações sexuais pensando que isso poderá acarretar alguma complicação à gestação ou ao bebê. Esse medo não passa de um fantasma. A mulher grávida em alguns casos pode se sentir até mais apta para a atividade sexual. “O casal deve conversar e se amar da forma desejada neste período”, afirma o médico. De uma forma geral, quando não há contra-indicações médicas, a vida sexual pode e deve ser mantida. É saudável para os casais manter a relação normal. Afinal, a mamãe não está doente.
Uma das principais preocupações durante uma gestão é a alimentação da mamãe. Esse é o momento em que o organismo dela passa por grandes transformações. As necessidades nutricionais são elevadas neste período e podem impactar o crescimento e desenvolvimento do feto, mas aquela história de “comer por dois” é mito.
Pelo menos três meses antes de tentar engravidar, a futura mamãe deve aproximar-se o máximo possível do seu peso ideal, pois não é aconselhável emagrecer durante a gravidez. Mamães com excesso de peso podem desenvolver diversas doenças como: Diabetes Gestacional e as Síndromes Hipertensivas da Gestação.
Por isso, é muito importante fazer um acompanhamento pré-natal junto com uma equipe de nutrição, que pode dar melhores condições e oportunidades para uma gestação mais tranquila e saudável, diminuindo os riscos para a mãe e o bebê.
A última dúvida do casal antes do bebê nascer normalmente se refere ao parto. O que é melhor: parto normal ou cesárea? O parto natural é basicamente quando o médico acompanha o parto, sem intervenções – como anestesias, induções ou rompimento artificial da bolsa. Neste caso, o ritmo e o tempo do trabalho de parto são respeitados e, para alívio das dores, são utilizadas técnicas de respiração e relaxamento. A vantagem em relação à cesárea é a recuperação pós-parto que é muito mais rápida. Além de haver menores riscos de infecções e hemorragias. O processo pode levar várias horas, principalmente no primeiro parto. Os partos naturais podem ser realizados na posição em que a mulher julgar mais confortável: em pé, de cócoras ou até mesmo dentro da água.
A cesárea é uma opção que normalmente é tomada pelo médico obstetra, e muitas vezes é relacionada a alguns fatores que podem por em risco a vida da mãe e do bebê como, por exemplo, em caso de desproporção do tamanho do bebê em relação à bacia óssea da mãe, infecções maternas graves, gestantes diabéticas ou hipertensas, sofrimento fetal, posição desfavorável do bebê ou quando um trabalho de parto não progredir satisfatoriamente.
Depois é só curtir. A gestação acaba e uma fase ainda mais feliz está para começar!