Com o aumento da obesidade como epidemia mundial, temos inúmeras mulheres obesas em idade fértil. Há diversos fatores de risco materno-fetais relacionadas ao peso corporal em excesso. A mulher obesa tem maior prevalência de amenorréia e infertilidade, 3 vezes mais síndrome dos ovários policísticos e menores chances de sucesso nos tratamentos para fertilidade aumentando a probabilidade de abortamento espontâneo, 6 vezes mais cesáreas, maior o risco de pré-eclâmpsia, hipertensão, diabetes gestacional, macrossomia (bebês com peso acima de 4 quilos), baixo peso ao nascer e infecções no pós-parto.
O ganho de peso corporal é uma variável importante durante a gravidez, que deve ser estipulado de acordo com o peso anterior à gestação, podendo variar de 12 a 18 quilos para mulheres abaixo do peso á 7 quilos para mulheres obesas. Observado os riscos da obesidade na gestação vemos a importância de um trabalho multidisciplinar no atendimento à gestante obesa, com nutricionistas, profissionais de educação física e psicólogos.
Os exercícios físicos promovem diversos benefícios como diminuição de dores lombares, edemas, menor risco de doenças gestacionais (hipertensão e diabetes) e ganho de peso. Sabe-se que uma parcela importante da população de mulheres obesas se deve ao aumento excessivo de peso durante a gestação, e por esta razão que os exercícios são extremamente necessários antes, durante e após a gravidez, pois o sedentarismo é um dos fatores mais prevalentes para o aumento do peso dentro e fora da gravidez.
Estudos recentes têm relatado menor incremento de peso corporal em mulheres obesas que realizam exercícios na gravidez, com diminuição dos riscos associados. Por este motivo que o aumento do nível de atividade física deve ser estimulado às mulheres antes, durante e após a gravidez. O American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) recomenda para a população em geral que realizem pelo menos 30 minutos de atividades diárias e esta recomendação também é sugerida durante a gestação.