Disque amamentação funciona 24 horas
Serviço em São Caetano do Sul dá orientação a qualquer hora para garantir o aleitamento
Quem já teve um bebê sabe muito bem quantas dúvidas e dificuldades envolvem a amamentação. Atento à necessidade de ampliar a orientação e dar maior suporte às mães nesse assunto, o Comitê de Aleitamento Materno de São Caetano do Sul criou o Disque Amamentação, um serviço que atende 24 horas por dia, todos os dias da semana.
O atendimento é realizado pelo telefone 4227-6776, e tem como base a Casa da Gestante, especializada em grávidas de alto risco e recuperação de bebês prematuros pelo método mãe-canguru. Quando uma mãe em apuros recorre ao serviço, encontra do outro lado da linha um profissional treinado num curso de capacitação do Ministério da Saúde. “A idéia, no primeiro momento, é acalmar a mãe. Se for um caso mais simples, às vezes motivado por desconhecimento de dicas básicas da amamentação, orientamos por telefone. Mas muitas vezes a mãe pode estar em sofrimento, com febre, por exemplo, ou fissuras na mama. Identificado um caso mais grave, orientamos que mãe e bebê se dirijam à Casa da Gestante, onde temos uma equipe multidisciplinar para atendê-la”, explica Cibele Cristine Remondes Sequeira, fonoaudióloga e presidente do Comitê.
Na Casa da Gestante, é comum o atendimento de mães com produção de leite além da consumida pelo bebê. “Esse processo pode provocar inchaço, febre e dor. É necessário fazer massagens e ordenha”, explica Cibele.
O incentivo à amamentação não se restringe ao serviço telefônico. O Disque é complemento de um trabalho que começa já nas consultas do pré-natal.
No Hospital Márcia Braido, uma equipe formada por fonoaudióloga, psicóloga, neonatologista, enfermeira e auxiliar ajudam a mãe, ainda na sala de parto, a oferecer a primeira mamada ao bebê recém-nascido. O trabalho continua no quarto, no alojamento conjunto, e quando mãe e bebê voltam para casa.
“Os primeiros 14 dias após o parto são fundamentais para conscientizar e convencer a mãe da necessidade da amamentação materna. Nesse período, ela está muito mais insegura e suscetível a sugestões de pessoas da família ou amigos que, por falta de conhecimento, podem acabar por estimulá-la a abandonar o aleitamento”, explica Cibele. Por isso, sete dias após o parto a mãe já tem uma consulta marcada na Casa da Gestante. “Nosso objetivo é criar indicadores de aleitamento na cidade, para aprimorar cada vez mais nosso trabalho”, conclui Cibele.
Patrícia Maria Santos de Souza, atendente de cobrança, mãe de Maria Eduarda, que nasceu em 9 de julho, teve muita dificuldade já na primeira semana de amamentação. “Eu tinha muitas dores nos seios e minha filha parecia chorar de fome, eu percebia que ela não conseguia sugar o leite”.
A mãe, então, utilizou o serviço do Disque Amamentação: “Foi uma luz, eu liguei de madrugada e fui atendida com a maior atenção. Mesmo sem o resultado imediato, foi um alívio para mim. Eu estava tão desesperada sem saber o que fazer, que já estava entrando com o leite em pó”, conta Patrícia.
Além de utilizar o Disque Amamentação, Patrícia passou a freqüentar a Casa da Gestante por orientação das enfermeiras. “Também fui muito bem tratada lá. Tive uma alimentação completa, com café da manhã, almoço e lanche da tarde e assim eu percebi que era basicamente isso que faltava para eu ter um leite forte para alimentar minha filha”, conta a mãe de Maria Eduarda.
Camila Marques
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