É nesta época do ano, com temperaturas mais altas, que costumam surgir gastroenterites, inflamações no ouvido e casos de desidratação
A Covid, com número de casos alarmantes, tem sido a maior preocupação de todos nas últimas semanas, mas, com o início da vacinação de crianças, é possível ficar também atento a outras questões de saúde que acometem os pequenos, principalmente durante o verão. É nesta época do ano, com temperaturas mais altas, que costumam surgir gastroenterites, inflamações no ouvido e casos de desidratação. A lista é extensa e, segundo a pediatra Aline Magnino, inclui ainda incômodos problemas de pele, como brotoejas, assaduras e micoses. Para ajudar os pais, ela deu dicas sobre como combater os principais problemas. Confira:
GASTROENTERITE
De acordo com a médica, um dos cuidados para se evitar complicações no trato intestinal, que podem ser acompanhadas de dores, vômito e diarreia, é caprichar na conservação adequada dos alimentos. Um vilão clássico costuma ser a maionese deixada de fora da geladeira. Para minimizar os riscos, ela indica “beber água filtrada, cuidar da higiene das mãos e só consumir comida da qual se conheça a procedência”. E lembra ainda que nem sempre os alimentos são os culpados. “As gastroenterites também podem ocorrer em decorrência de alguns vírus, bactérias e parasitas”, alerta.
DESIDRATAÇÃO
Além do desconforto, as gastroenterites podem levar à desidratação, que ocorre quando o organismo perde mais água do que a quantidade que ganha com a ingestão de líquidos. Os sintomas mais comuns são boca e pele secos, olhos fundos, tontura, fraqueza e dor de cabeça. Para fugir do problema, a médica recomenda que se ofereça água várias vezes ao dia aos pequenos, além de frutas frescas. Também vale água de coco e sucos. E atenção, a desidratação também pode ser causada por outros fatores, diz Aline, como “exposição excessiva ao sol e ao calor”. Por isso, na hora de praia ou piscina, procure sempre uma sombra. Atenção especial deve ser dada também os idosos, que desidratam rapidamente.
MICOSES
Com frequência, o verão também aumenta o número de casos de micoses de pele e de unhas, já que os fungos se reproduzem com maior facilidade em ambientes quentes e úmidos. Pense duas vezes antes de calçar um tênis e meia, e prefira, se possível, sapatos mais ventilados. No calor, um dos tipos mais frequentes de micose é o pano branco, uma doença de pele causada pelo fungo Malassezia furfur. Ele produz uma substância chamada ácido azeláico, que impede a pele de produzir melanina quando exposta ao sol. Nos locais atingidos, a pele não fica bronzeada como o resto do corpo, levando ao surgimento de pequenas manchas brancas. “Devemos deixar a pele seca e limpa como prevenção. Em qualquer sinal de alarme, o ideal é procurar o pediatra”, diz a pediatra.
QUEIMADURA SOLAR
Passar o dia na praia ou na piscina é uma delícia, mas as altas temperaturas podem causar queimaduras. Então, não custa reforçar, que é fundamental usar filtro solar nas crianças. Mas não basta aplicar uma vez e esquecer o assunto. “É preciso reaplicar a cada duas horas”, ensina a médica.
BROTOEJAS
Aparecem nos dias quentes e provocam, além do incômodo, coceira. Manter a pele arejada e seca, além de evitar roupas apertadas, é a melhor forma de evitá-las, segundo a médica do Grupo Prontobaby.
ASSADURAS
Muito comum em bebês, elas podem piorar no verão. “Precisamos ter atenção às trocas de fraldas, usando sempre água morna na limpeza. A frequência das trocas deve ser maior para evitar o contato excessivo da fralda suja com a pele”.
CONJUNTIVITE
No verão, alerta Aline, pode ser maior a incidência de conjuntivites, pois tendemos a ter mais contato com cloro da piscina. A infecção nos olhos pode ser causada por vírus e bactérias também, por isso, devemos tomar os mesmos cuidados que temos em relação à Covid: manter as mãos sempre limpas e evitar locais cheios.
CUIDADO COM O AEDES
Não esqueça do mosquito que transmite a dengue, zika e chicungunha. “Com as chuvas de verão, eles proliferam. A maneira mais eficaz de eliminá-los é limpando focos de água parada”, diz Aline. Preste atenção nos vasinho de planta — nada de deixar pratinhos embaixo — e em pneus abandonados.
OTITE
“A otite média aguda pode aumentar, pois as crianças ficam mais tempo em piscinas e praias, deixando o conduto auditivo molhado, podendo levar a infecções e inflamações . Devemos manter a área externa seca, usando a toalha”, preconiza.
Pediatra Aline Magnino, do Grupo Prontobaby