Estudo apontou que crianças costumam apresentar mais sintomas oculares que adultos
A nova onda da covid-19, provocada pela variante ômicron, tem afetado as crianças mais do que as anteriores. Um dos sintomas que os pais devem ficar atentos é a conjuntivite. Um estudo publicado no JAMA sugeriu que as crianças podem apresentar sintomas oculares, com a congestão conjuntival, com mais frequência que os adultos.
No estudo, 22% das crianças tinham conjuntivite enquanto apenas de 1% a 3% dos adultos apresentaram sintomas oculares.
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, embora a conjuntivite não seja muito comum nos casos de covid-19, as observações relatadas desde o início da pandemia podem ajudar na orientação, prevenção e manejo da conjuntivite nas crianças.
“O público infantil costuma levar as mãos aos olhos com mais frequência. Dessa maneira, a contaminação pode ocorrer nesses momentos. Além disso, uma vez infectadas pelo vírus, as crianças podem também transmitir a doença por meio da secreção ocular”, reforça Dra. Marcela.
Nem tudo é covid!
Por outro lado, a oftalmopediatra explica que nem toda conjuntivite é sinal de covid.
“No verão, temos um alta nos casos de conjuntivite nas crianças. A principal causa é a contaminação por vírus ou bactérias presentes na água de piscinas, praias, cachoeiras e rios. Portanto, é preciso calma e bom senso caso a criança apresente os sintomas da conjuntivite”, aponta.
Olho vermelho é o sintoma mais comum
A conjuntivite pode ser viral, bacteriana ou alérgica. Os sintomas variam de acordo com o tipo, mas a vermelhidão está presente em todos os casos.
“A vermelhidão é sinal de inflamação na conjuntiva. Na conjuntivite viral, que pode ser causada pela covid-19, a criança pode reclamar da sensação de ter areia nos olhos, há lacrimejamento e secreção. Além disso, pode levar até 14 dias para melhorar”.
A conjuntivite bacteriana se difere das outras pelo inchaço e pela secreção purulenta em abundância. Outra diferença é que a duração é menor, com melhora do quadro em uma semana, aproximadamente. Por fim, a conjuntivite alérgica evolui com muita coceira, uma vermelhidão menos acentuada e sem secreção.
Procure um oftalmopediatra
Caso a criança apresente sintomas da conjuntivite, a orientação é procurar o oftalmopediatra para o diagnóstico e tratamento corretos. Vale ressaltar que os pais não devem usar nenhum tipo de colírio sem a prescrição médica.
“Outra recomendação importante é isolar a criança, pois tanto a conjuntivite viral quanto a bacteriana são altamente contagiosas”, finaliza Dra. Marcela.