A Páscoa está chegando e é comum que os pais deem chocolate para as crianças saborearem nesse dia tão especial. Mas qual seria a idade adequada para a criança começar a comer esse alimento?
O nutricionista Antonio Wanderson Lack de Matos, responsável pelo setor de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI) alerta que os pais devem evitar ao máximo possível dar chocolate para crianças muito pequenas e principalmente lembra que a diabetes em crianças está se tornando muito relevante em virtude da obesidade.
Segundo o relatório da International Diabetes Federation (IDF), cerca de
98,2 mil crianças e adolescentes com menos de 15 anos são diagnosticados com diabetes tipo 1 a cada ano – o número sobe para 128,9 mil quando a faixa etária se estende até os 20 anos.
“Uma dica é que os próprios pais evitem consumir alimentos não indicados na frente dos pequenos, como doces e guloseimas. Visto que os pais são o exemplo. O chocolate é prejudicial porque o açúcar é extremamente viciante para o cérebro, então desde pequeno a criança já fica viciada naquele sabor”, alerta Antonio.
O ideal é que crianças menores de dois anos evitem comer o chocolate.
Segundo Antonio caso a criança deseje experimentar um doce, principalmente em épocas festivas como a Páscoa, o indicado é que se faça um chocolate caseiro, ou seja que tenha em sua composição 85% a 90% de cacau.
O nutricionista explica que o que faz bem para a saúde é o cacau e não o chocolate em si, que acaba sendo misturado com açúcar e conservantes em excesso. Segundo o especialista, o cacau pode ser usado ser usado em bolos, mousses, smooths, pães e em diversos alimentos mais saudáveis que o próprio chocolate.
“Claro que se os pais não tiverem esse senso de alimentação saudável ou queiram introduzir na alimentação da criança pequena o chocolate, que façam com restrição. Mas o ideal mesmo é evitar”, reitera o nutricionista lembrando que somente os alimentos certos darão a base para uma composição corporal saudável dessa criança.
Antonio lembra também que caso a criança consuma um ovo de páscoa ou docinhos em uma festa, tudo deve ser feito com parcimônia. Por exemplo, é bom evitar que a criança coma todo o ovo no mesmo dia para não sobrecarregar o pâncreas e evitar consumir uma quantidade de gordura em excesso.
“Essa consciência faz com que a criança não se vicie e não desenvolva doenças crônicas como obesidade, diabetes, riscos inflamatórios, doenças cardíacas entre outras. A Páscoa deve ser uma comemoração festiva e não um motivo para o exagero em doces. Por isso é importante mudar a postura de comportamento e postura mental”, finaliza.
O nutricionista Antonio Wanderson Lack de Matos -Hospital de Clínicas do Ingá (HCI)