Para os casais que buscam aumentar a família dicas nutricionais podem favorecer a preparação do corpo na concepção de um bebê
Muitas mamães já estão prontas para a data comemorativa que as homenageia todo ano no segundo domingo de maio, enquanto isso, muitas mulheres se preparam e aguardam sua vez de comemorar o seu Dia das Mães como protagonista com a chegada de seu bebê na família.
Quem imagina que os cuidados com a gestação começam no ato da concepção, se enganou. Existem alguns passos essenciais para a gestação, a concepção e bebês saudáveis.
O primeiro passo é entender que a concepção e a gestação são os eventos imunológicos mais complexos que existem, então o ideal seria começar os ajustes 90 dias antes da primeira tentativa de aumentar a família, isto é, antes mesmo de começar a tentar engravidar, o casal deve buscar ajuda para equilibrar alimentação e hábitos de vida.
O organismo é nutriente-dependente, então, enzimas, hormônios, células, neurotransmissores e estruturas celulares necessitam de macro e micronutrientes.
Por isso, pensando em conceber e gerar uma vida, alguns nutrientes são imprescindíveis, como: cálcio, vitamina D, ômega 3, folato, vitaminas do complexo B, zinco, selênio, ferro, vitamina A, vitamina C, entre outros. E isso na prática significa o que ao pensar em alimentação?
O que se deve comer
Folhas verdes escuras que dispõem de carotenóides, ferro, magnésio, cálcio e potássio, nutrientes essenciais à fertilidade. As sementes de abóbora são fonte de zinco, magnésio e gorduras boas, otimiza a produção e a sinalização hormonal.
A sardinha, rica em coenzima Q10, ômega 3 e cálcio, melhora a produção de energia, reduz o estresse oxidativo (aquele que produz o resíduo chamado radical livre), essencial para a ovulação e maturação folicular. A castanha-do-pará, alho, cebola, feijão, amêndoa, melão e berinjela são outros alimentos que auxiliam na redução do estresse oxidativo e ainda estimulam a maturidade do óvulo.
O processo de concepção tem como aliado o gergelim que é abundante em cálcio e outros minerais.
Já os ovos, leite e derivados, fígado, manga, pequi e pupunha funcionam como reguladores e moduladores do crescimento. São alimentos que promovem a diferenciação e a proliferação celular e o desenvolvimento embrionário.
Acerola, salsa, brócolis, couve, pimentão, laranja e morango têm ação antioxidante importante para os ovários e, em níveis reduzidos, pode afetar o sistema imunológico da futura gestante.
Claro que a adequação alimentar consiste não apenas em adicionar os alimentos necessários, mas ainda em retirar o que prejudica e atrapalha o processo, como alimentos ultraprocessados, frituras, excesso de açúcar e álcool. O consumo de bebida alcoólica implica em prejuízos para a fertilidade, e deve ser evitado pelo casal.
Cuide do ambiente que você vive
O cuidado com a exposição ambiental e o contexto que está inserido esse casal, são fundamentais para uma futura gestação. Neste sentido, além de uma alimentação equilibrada e de uma suplementação adequada, é preciso atentar para os cuidados de todo o meio que envolve o casal que deseja engravidar.
A qualidade do sono, o controle do estresse e a restrição na exposição a contaminantes ambientais entram no passo a passo para uma futura gestação e para um desfecho gestacional de sucesso.
Dormir bem ajuda na fertilidade
Sobre o hormônio do sono, a melatonina, sincroniza a organização das funções biológicas por meio de ritmos circadianos e à adaptação do indivíduo ao seu ambiente interno e externo. Além disso, a melatonina protege o oócito contra radicais livres, aumentando a produção de energia, evitando disfunção, inflamação e estresse oxidativo, o que facilita a fertilização. Noites de sono mal dormidas aumentam o cortisol e suprimem hormônios relacionados à reprodução.
Procure orientação de profissionais capacitados sempre, pois eles proporcionarão ao corpo aquilo que ele precisa para o funcionamento pleno de suas funções, por meio de condutas individualizadas.
*Karla Lacerda, é idealizadora do CalcLab, nutricionista pós-graduada em Nutrição Funcional e ainda responde pela Diretoria Científica do motor de processamento de exames do CalcLab.
Autora: Karla Lacerda Nutricionista