O tumor cerebral é o crescimento anormal de células no interior do crânio que pode levar a compressão e lesão de células normais do cérebro. Podem ser “benignos” ou malignos, sendo que apenas os tumores malignos são denominados de câncer.
Uma dúvida muito frequente é sobre a origem dos tumores cerebrais. Diferente de outros tumores onde existem fatores agressores como o tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, entre outros, no caso específico dos tumores cerebrais não temos fatores bem conhecidos.
Existem algumas doenças genéticas como a neurofibromatose que cursam com o aparecimento de tumores intracranianos e espinhais.
O avanço da biologia molecular detectou a presença de mutações nas células cerebrais que podem originar os tumores. Assim, a origem genética é a mais conhecida.
Os estudos na área de biotecnologia vêm oferecendo novas possibilidades de classificar os tumores cerebrais e também tratamentos direcionados e individualizados.
Geralmente esses tumores podem ser divididos em duas categorias:
- Tumor cerebral primário: quando o tumor tem origem dentro do próprio crânio.
- Tumor metastático, metástase ou tumor cerebral secundário: quando o tumor tem origem em outro órgão e se espalha pelo corpo.
Alguns sinais clínicos são fáceis de identificar, mas fazem confusão com diversas outras doenças mais frequentes na infância. Os mais comuns são:
- Dores de cabeça;
- Vômitos;
- Perda dos reflexos;
- Ganho de peso e altura;
- Sede excessiva;
- Alterações de comportamento;
- Fraqueza e perda de movimentação;
- Crises convulsivas.
Os tumores benignos e considerados menos agressivos apresentam um crescimento lento, não aparecem em outros locais e, geralmente, são tratados com cirurgia.
Já os tumores malignos ou agressivos apresentam um crescimento rápido, podem invadir localmente o tecido cerebral e, geralmente, precisam de tratamento complementar após a cirurgia, através de quimioterapia e radioterapia.
Independente da caracterização do tumor, a neurocirurgia tem um papel muito importante no diagnóstico e, também, na redução da lesão, possibilitando uma melhora dos sinais e sintomas.
O diagnóstico precoce é fundamental para que possamos intervir de forma rápida, prevenindo possíveis consequências do crescimento tumoral.
Nos lactentes (idade inferior a 2 anos) há o predomínio de tumores grandes. Nesta faixa etária, sinais como irritabilidade, crises convulsivas, sonolência excessiva e abaulanento da fontanela (moleira) devem ser avaliados cuidadosamente.
É muito importante que o tratamento seja realizado em centro especializado, podendo oferecer as melhores condições para a criança e os pais.
Doutor a minha filha de 8 anos sempre que corre ou pula apresenta dores de cabeça. Já passamos pelo neuro, foi realizado exames na cabeça e não deu nada. Porém essa situação persiste. O que devo fazer por gentileza?