Nos últimos anos, houve uma queda significativa da cobertura vacinal no país. E a vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) também entrou nessa estatística.
E a vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) também entrou nessa estatística. Dados do Grupo Pardini – um dos maiores players de medicina diagnóstica do país – apontam para uma retomada na taxa de imunização do HPV este ano, revertendo a tendência de queda que vinha sendo registrada nos últimos anos, mas, ainda assim, abaixo do recomendado.
Só entre janeiro e agosto de 2022, houve um aumento de 11% na procura pelo imunizante em relação ao mesmo período de 2021. Mas quando olhamos os anos anteriores, vemos uma queda importante no número de vacinas aplicadas contra o Papilomavírus Humano. No primeiro ano de pandemia, em 2020, houve uma redução de 43% em relação a 2019. No ano passado, a redução foi menos acentuada, 14%, na comparação com 2020. “Ainda que tenhamos números mais animadores nestes oito primeiros meses do ano, ainda são muito preocupantes. Estamos longe de atingir o patamar pré-pandemia, quando a cobertura vacinal em território nacional já era considerada baixa para este imunizante”, afirma Dr. José Geraldo Ribeiro, epidemiologista e pediatra do Grupo Pardini.
Dados do Ministério da Saúde mostram queda acentuada na vacinação contra o HPV nos últimos anos no serviço público, com cobertura abaixo dos 80%, o recomendado pela pasta. O vírus é responsável por 70% dos casos de câncer de colo de útero, o quarto tipo que mais mata mulheres no Brasil, segundo INCA. “A vacinação é a política pública mais eficaz no combate à doença”, ressalta o médico.
Vacinação – O esquema vacinal compreende 2 doses no intervalo de 6 meses para meninas e meninos de 9 a 14 anos, no serviço público. A partir dos 15 anos e para imunossuprimidos, são recomendadas 3 doses. A segunda, entre 1 e 2 meses da primeira e a terceira dose, 6 meses após a primeira.
Fonte: Dr. José Geraldo Ribeiro, epidemiologista e pediatra do Grupo Pardini.
