Segundo o Ministério da Saúde, o mergulho em águas rasas está atrás apenas dos acidentes de trânsito. Neurocirurgiã dá dicas e alerta a população sobre acidentes aquáticos.
Os acidentes de mergulho durante o verão continuam a ser uma das principais causas de lesões na coluna entre jovens adultos. Quem revela isso é um estudo publicado recentemente pelo Ministério da Saúde. Além disso, o estudo apresenta que cerca de 96% dos acidentes de mergulho acontecem entre os meses de setembro a maio.
Recentemente acidentes em piscinas, mar e cachoeiras tem chamado atenção da população e também de especialistas. E é nesta época do ano que são registrados os maiores números de acidentes que podem, inclusive, levar uma pessoa a perder os movimentos de braços e pernas e até a morte durante banhos e mergulhos, alerta a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC).
Como evitar acidentes com banhos e mergulhos neste verão?
Para não deixar o lazer e a diversão de lado, Danielle de Lara, compartilha algumas dicas para prevenir qualquer tipo de acidente aquático. “Conhecer a profundidade do local, principalmente em lugares que possuem pedras, como rios, cachoeiras e o costão do mar é essencial. Além disso, é preciso observar se há salva-vidas por perto, caso não tenha, pedir para familiares ficarem atentos e /ou evitar ir longe ou no fundo. Já para as piscinas, é importante observar se o motor está desligado, assim evitará problemas de sucção”, informa.
Danielle ainda alerta que evitar ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados antes de entrar na água ainda é um hábito relevante para evitar acidentes e até mesmo, má digestão. “É simples mas vale ressaltar que é bom evitar saltar de cabeça e ficar atento com saltos em beiradas de piscinas, trampolins. Crianças sempre devem estar supervisionadas por um adulto e não superestime sua capacidade de nadar, caso não saiba nadar, não vá para o fundo”, alerta.
O que fazer se ocorrer algum acidente de mergulho?
Caso ocorra algum acidente, Danielle de Lara orienta que o procedimento a ser feito é checar os sinais vitais, ou seja, respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência. “Caso a pessoa esteja sonolenta, ou comece a ficar mole, respondendo pouco, é importante levá-la a um serviço de urgência em hospital. Nesse momento a avaliação médica é de extrema importância, especialmente se houve pancadas na cabeça”.
A especialista ainda explica que se a criança apresentar dor de cabeça e vômitos também é importante levá-la ao médico o mais rápido possível. “No momento do acidente todos querem ajudar, mas é preciso ter muito cuidado, pois a manipulação da pessoa realizada de forma incorreta pode piorar qualquer tipo de lesão”, alerta. Danielle ainda informa que os sinais ou sintomas de lesão na coluna após acidente de mergulho, incluem dor local com eventual irradiação para os membros superiores. “Podem incluir náuseas, cefaléia, tonturas, fraqueza ou incapacidade de mover os braços ou pernas. Pode também ocorrer formigueiro ou dormência nos membros e lesão na área abaixo da zona atingida. É frequente observar-se também sintomas como estado de consciência alterado, dificuldades respiratórias, perda de controle da bexiga ou do intestino”, conclui.
Fonte: neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC).