Ao menos uma vez na vida, 60% das pessoas sofrerão com o problema, indica Ministério da Saúde
Diferentemente do que a consagrada sabedoria popular orienta, inclinar a cabeça para trás durante um sangramento nasal (epistaxe) não é recomendado. Conforme o otorrinolaringologista Dr. Arnaldo Tamiso, do Hospital Paulista, o movimento deve ser o oposto.
“Inclinar a cabeça para frente e apertar o nariz com o dedo polegar e indicador, como uma “pinça”, e aguardar nessa posição por três minutos, que é geralmente o tempo de coagulação do sangue”, orienta o especialista.
De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos uma vez na vida, 60% das pessoas terão sangramento nasal, o que comumente acontece na parte da frente do septo, parede que separa o nariz em duas cavidades. Somente 10% dos casos acontecem na parte de trás do septo nasal, a parte fixa e dura, ou nas paredes internas das asas laterais, sendo a maior incidência entre pessoas com mais de 60 anos.
Dr. Tamiso explica que a epistaxe acontece porque a rede de vasos sanguíneos fica em uma mucosa muito fina, proporcionando a facilidade de sangramento, quando comparada a outras partes do corpo.
A ocorrência é maior entre crianças, geralmente, com relação ao “cutucar” o nariz, e entre idosos, pela fragilidade da mucosa nasal. “As causas mais comuns que levam ao episódio são a exposição ao calor e tempo seco, traumas e doenças relacionadas ao sangue e tumores. Em portadores de doenças como rinite, desvio de septo, tumores nasais e má formação de vasos sanguíneos no nariz podem ocorrer sangramento nasal com alguma frequência”, afirma o médico.
Na maioria das vezes, o sangramento nasal é controlado em casa. Mas, quando não cessa, um hospital deve ser procurado imediatamente. “Quando o sangramento ocorre com frequência, mais de duas vezes, ou em grande volume, deve procurar o otorrinolaringologista. O sintoma pode indicar a presença de doenças mais graves”, reforça o especialista.
Se necessário, o otorrino fará a solicitação do exame de Nasofibroscopia (uma microcâmera que explora o nariz), que, juntamente com os exames de sangue, são suficientes para diagnosticar a causa da epistaxe e iniciar o tratamento. Normalmente, o sangramento responde à cauterização e/ou ao uso do tampão nasal. Mas, se a ocorrência for frequente ou grave, a intervenção cirúrgica tende a ser necessária.
Fonte: o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, possui mais de 40 anos de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.