Entre as consequências do desequilíbrio estão alterações no metabolismo, no apetite, na frequência cardíaca, nos ciclos de sono e reprodutivos, nas funções sexuais, nos níveis de humor e de estresse e na temperatura corporal
Os hormônios são mensageiros químicos que governam todo o processo de comunicação intracelular. Eles sinalizam às células quando inicia a execução de alguma tarefa e por quanto tempo isso deve ocorrer. Desta forma, é essencial que esses importantes componentes estejam em equilíbrio. “A deficiência hormonal traz sérios danos à saúde física e mental.
No caso da mulher, é mais comum que isso aconteça durante certas fases da vida, como no climatério e na menopausa. Entretanto, existem aquelas que experimentam problemas contínuos e precoces relativos aos seus hormônios, mesmo ainda em idade reprodutiva”, afirma Dra. Eveline Catão, ginecologista, obstetra e associada da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil),
Segundo ela, esse desequilíbrio pode ser causado por qualquer condição médica envolvendo o sistema endócrino e suas glândulas, porém pode também ser fruto de fatores externos, como estresse, ingesta medicamentosa e hábitos de vida inapropriados, tais como os relativos a sono e dieta.
“A deficiência hormonal acontece quando há uma quantidade de hormônio biodisponível insuficiente na corrente sanguínea, a fim de desempenhar sua função satisfatoriamente. Quando isso acontece, até mesmo pequenas alterações podem causar efeitos colaterais em todo o corpo”, explica a Dra.
Entre as consequências, estão alterações no metabolismo, no apetite, na frequência cardíaca, nos ciclos de sono e reprodutivos, nas funções sexuais, nos níveis de humor e de estresse e na temperatura corporal. Por isso, explicou a médica, a mulher enfrenta ondas de calor durante a menopausa. O hipotireoidismo (problema na glândula tireoide, responsável por regular a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins), e a amamentação também podem ser causas da deficiência hormonal.
Dra. Eveline destaca que a deficiência hormonal tem tratamento: chama-se terapia hormonal. “Com o apoio de um especialista, é possível corrigir o desequilíbrio com segurança, repondo os hormônios necessários”, salientou a médica. Ela prossegue lembrando que esse tipo de tratamento exige acompanhamento de um médico. “Somente um profissional pode avaliar caso a caso e saber exatamente quais hormônios podem ser repostos e suas quantidades ideais”, finaliza a ginecologista.
Fonte: A AMCR — Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil — é uma entidade sem fins lucrativos, suprapartidária. Fundada em março de 2021, pela médica ginecologista, Prof. Dra. Marise Samama, possui 42 associadas, pós-graduadas da área da saúde, distribuídas em todas as regiões do Brasil. A associação é fruto da vontade dessas mulheres (cientistas, médicas, biomédicas e profissionais de saúde), que defendem a igualdade de oportunidade entre gêneros, reconhecimento e valorização da mulher e da ciência e atuação das mulheres nas áreas de saúde feminina e Reprodução Humana
