Otorrinolaringologista esclarece as principais dúvidas de quem sonha em realizar esse procedimento
Se você pudesse mudar algo na sua aparência física, qual seria a sua primeira escolha? De acordo com os dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS – sigla em inglês), o que os brasileiros querem mesmo é remodelar alguma parte do rosto. Afinal, o país foi o campeão mundial de cirurgias plásticas faciais em 2020.
E quando o assunto é intervenção cirúrgica facial, a rinoplastia é uma das cirurgias mais procuradas. Por isso, o professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Eduardo Dolci, separou as perguntas que ele mais responde em consultório para pacientes que planejam remodelar o nariz:
1 – Eu consigo escolher e saber como vai ficar meu nariz depois da cirurgia?
“Quando alguém decide passar por uma cirurgia estética é natural criar muita expectativa quanto ao resultado. Por isso, trabalhamos sempre para que o paciente consiga imaginar seu novo nariz: fazendo uma avaliação criteriosa da estrutura nasal, registrando as medidas, ouvindo as queixas e tirando fotos. Assim, é possível discutir os detalhes e deixar o paciente ciente do que pode ou não esperar como resultado real final”, esclareceu.
2 – O médico vai precisar quebrar o meu nariz durante a cirurgia?
Esse é um dos grandes medos de quem sonha com a rinoplastia: pensar que seu nariz será quebrado durante o procedimento. No entanto, o Dr. Eduardo Dolci explica que nem sempre isso é necessário e que esse pensamento não deve ser uma restrição.
“As fraturas controladas e realizadas durante a cirurgia são mais indicadas para quem apresenta desvio de septo ou quem deseja reduzir as medidas do nariz. A maioria dos casos, no entanto, já usamos equipamentos de alta tecnologia que são capazes de realizar as remodelações de maneira mais precisa, diminuindo o trauma local”.
3- Não vou conseguir respirar pelo nariz depois da cirurgia?
Ficar por dias sem conseguir respirar pelo nariz pode parecer muito incômodo e até assustador, porém, é importante lembrar que os procedimentos cirúrgicos estão em constante evolução tecnológica.
“Aquele tampão que era usado antigamente, foi substituído por estruturas de silicone que mantêm o nariz imobilizado, mas não impedem de respirar. Geralmente, o que acontece é que o local da cirurgia fica inchado e isso atrapalha a respiração, causando a sensação de nariz entupido”, explicou.
4- Quem fez rinomodelação pode fazer a cirurgia?
Muitas pessoas que desejam mudar o formato do nariz costumam realizar procedimentos estéticos antes de optar pela cirurgia, fazendo uma remodelagem com preenchimento. E isso não é uma contraindicação para a rinoplastia. O que o cirurgião precisará fazer é retirar o material antes de realizar a cirurgia, porque esse preenchedor pode disfarçar o formato real do nariz e comprometer o resultado.
5- Quando vou conseguir ver o resultado final da minha cirurgia?
Cirurgias desse tipo podem gerar um pouco de ansiedade, contudo o ideal é manter a paciência e aguardar o organismo se recuperar. Os primeiros hematomas pós procedimento, que costumam deixar a região dos olhos bem escuras, melhoram de 7 a 10 dias. Já o inchaço da região pode demorar de três meses a um ano para ser reabsorvido completamente e revelar o resultado final.
“Não existe uma regra de tempo quando falamos de cirurgia porque cada organismo reage de uma maneira diferente. E isso não deve ser uma preocupação. O que o paciente precisa fazer é seguir todas as orientações médicas do pós-operatório com disciplina. Assim o processo será mais saudável e mais rápido”, finaliza o especialista.
Fonte: especialista: Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci é sócio da Clínica Dolci Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial; Membro eleito da Comissão de Residência e Treinamento da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face.