A escolha do aparelho depende da rotina da mãe, do orçamento e da finalidade que será usada
Manual, elétrica, com fio, sem fio, em formato de concha ou até de buzina. Hoje em dia, são muitas as opções de bombas tira-leite, mercado que cresceu muito nos últimos anos e que pode ser justificado pela dupla ou tripla jornada das mães, que precisaram encontrar no aparelho uma alternativa para manter o aleitamento materno. Mas em meio a uma infinidade de modelos, qual escolher? Em uma busca rápida pela internet, as mães vão se deparar com diversas marcas, nacionais e importadas, além de modelos e preços diferentes. E para ajudar na escolha do aparelho, a especialista em amamentação Ana Carolina Ferreira, mãe dos pequenos Lucas e Thomas, oferece algumas dicas de como escolher a bomba ideal. Formada pela formada pela Universidade da Califórnia San Diego, a consultora conta com uma experiência própria de 2 anos e 9 meses de ordenha e já testou 8 tipos de bombas tira-leite diferentes.
Muita gente acredita que a melhor bomba tira-leite é a mais cara do mercado. O que não é verdade. A melhor bomba é a que melhor se adapta ao corpo, a rotina e ao orçamento da mãe. O importante na hora da escolha da bomba tira-leite ideal é entender qual é a necessidade de cada mãe. Por exemplo, existem aquelas que vão utilizar a bomba para extrair e armazenar leite, para retornar ao trabalho. Já outras, fazem uso do aparelho com intuito de aumentar a produção de leite. E ainda há aquelas que vão usar a bomba apenas eventualmente. No caso do retorno ao trabalho, essa mãe vai precisar de uma bomba tira-leite muito boa, de preferência dupla, que vai trazer mais praticidade e agilidade à sua rotina. Já a mãe que pretende tirar leite eventualmente, pode optar por uma bomba manual e mais simples, que já resolve a questão”, enfatiza Ana Carolina Ferreira.
Entre os tipos de bombas tira-leite, podemos citar as manuais, as elétricas e as automáticas. As bombas elétricas e automáticas ainda têm a possibilidade de serem duplas — ou seja, elas fazem a retirada do leite materno nas duas mamas ao mesmo tempo. Já as manuais são mais simples e econômicas, sendo recomendadas para extrações pontuais, uma vez que são mais lentas que as elétricas e podem oferecer um processo mais cansativo de bombear manualmente, todos os dias, em diferentes momentos do dia. Já as bombas elétricas, são mais caras e contêm um motor que, seja por corrente ou por pilhas, é a parte que realiza a força de sucção para extrair o leite. Nesse tipo de bomba, as extrações costumam ser mais rápidas e eficazes, pois também permitem regular a velocidade e a intensidade da sucção. Elas são recomendadas para casos de uso continuado e frequente ou para a conveniência de não ter que bombear manualmente, além de oferecer maior velocidade e eficiência em comparação com um modelo manual. Já as bombas tira-leite automáticas são controladas com auxílio de um aplicativo, via celular. Elas têm um design ergonômico, pequeno, leve e silencioso para colocar entre o seio e o sutiã, além se serem fios, para a mãe poder tirar o leite sem ser notada, em qualquer lugar ou hora. Os preços — na internet ou nas lojas – dos diversos tipos de bomba tira-leite (manual, elétrica e automática), variam entre R$ 30,00 e R$ 3.600 reais.
“A grande diferença é que na bomba manual, você tem que ficar com a mão bombeando, enquanto a elétrica faz o serviço por você. Porém, a bomba manual tem suas vantagens, porque costuma ser mais silenciosa, você a controla a velocidade de extração, é mais barata e mais fácil de carregar. Então é bom ter, como reserva, uma bomba manual em casa, no caso da sua bomba elétrica dar algum defeito. Dependendo do número de ordenhas que a mãe faz, é bom ter as duas opções, principalmente se não der tempo de lavar a elétrica até a próxima ordenha, porque aí você usa a manual de reserva”, exemplifica a especialista.
Outro ponto importante, segundo a consultora é como o uso do aparelho pode aumentar ou diminuir a produção de leite. “As bombas tira-leite, quando bem utilizadas, aumentam a produção de leite, e quando mal utilizadas, podem prejudicar a produção de leite. Qualquer aparelho que incomode o seio ou seja usado de forma errada pode machucar a mama e, com isso, prejudicar a ordenha”, finaliza Ana Carolina Ferreira.
Fonte: Ana Carolina Ferreira é mãe de Lucas e Thomas, gerente de compras de TI, e atualmente trabalha em uma grande empresa da área da saúde em Los Angeles, nos EUA, onde mora desde 2013. É consultora de amamentação formada pela Universidade da Califórnia San Diego Extension (UCSD). Atualmente ministra três cursos online: Faça seu estoque de leite materno, Volte ao Trabalho em Paz e Aumente sua produção de leite.