Veja dicas para estimular a leitura entre os pequenos
Em 18 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil. A data foi escolhida para homenagear o escritor Monteiro Lobato, que nasceu nesse dia, em 1882 e é considerado pioneiro no gênero no Brasil, autor de clássicos que, por diversas gerações, continuam relevantes e seguem conquistando o coração dos pequenos, como a obra que inspirou a série Sítio do Picapau Amarelo, e todas as histórias de personagens icônicos como Saci, Narizinho, Emília, entre outros que fazem parte do imaginário infantil.
Embora não faltem autores importantes na literatura brasileira, os índices de leitura entre adultos ainda são baixos. O Instituto Pró-Livro (IPL), em parceria com o Itaú Cultural, realizou a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, que indicou o público infantil – entre 5 e 10 anos – como o maior consumidor de livros de literatura no País, independentemente do nível de suporte. Ou seja, se já leem de maneira autônoma ou ainda precisam de algum tipo de ajuda. Juntos, representam 23% da população e têm o hábito de ler diariamente, ou praticamente todos os dias, por vontade própria.
Um dado que chama a atenção é que quase metade dessas crianças (48%) afirmam que o gosto pela leitura é o principal motivo para tamanha assiduidade e, por isso, o incentivo à leitura e estímulo para que criem esse hábito desde cedo são tão importantes. A pedagoga Regina Alves, fundadora da Rede Decisão, grupo educacional responsável pela gestão pedagógica de escolas privadas de educação (“K-12”), lista algumas ações fáceis, que toda família pode aplicar, para que a leitura seja cada vez mais estimulada entre os pequenos.
1 – Leia para a sua criança: mesmo antes de ser alfabetizada, a criança pode despertar seu interesse pelo universo dos livros. Figuras, cores e desenhos são importantes para chamar a atenção dos pequenos leitores e ajudam na compreensão das mais variadas histórias.
2 – Mantenha o hábito da leitura no dia a dia: o exemplo é uma das formas mais eficientes de transmitir conceitos e lições para a criança. Se ela estiver exposta à prática de ler, ela terá mais chances de incorporar esse interesse ao longo de seu desenvolvimento, incluindo a fase adulta.
3 – Faça escolhas apropriadas: considere os interesses da criança, suas preferências e, claro, a idade dela antes de comprar os livros. Eles podem ter variações de personagens – fictícios, reais, ou no formato – mais imagens e desenhos, mais partes escritas, etc. Todos são importantes para cultivar a vontade de ler, mas cada criança apresentará suas particularidades e, por isso, é válido apresentar diversas opções para que ela própria defina o que mais lhe agrada.
4 – Crie uma estrutura para a leitura: não é necessário dispor de grandes recursos para isso e cada família pode se adaptar à realidade. Uma prateleira de fácil acesso às crianças em algum cômodo da casa, um móvel ou cadeiras e poltronas já são suficientes. E aliar a leitura a alguma outra atividade ou parte da rotina da casa também são importantes. Como ler antes de dormir, ou fazer um passeio e levar um livro que aborde o mesmo tema.
5 – Faça uso de tecnologia: que a leitura é um hábito riquíssimo, todos concordamos. Mas também devemos considerar que as gerações de hoje contam com inúmeros dispositivos que nós não possuíamos. Isso não é ruim. As crianças podem e devem se adequar às tecnologias disponíveis e implementar a leitura por meio delas. Livros digitais já são utilizados em salas de aula e dentro de casa, com a mesma importância e riqueza das versões físicas. Mas é importante que os familiares redobrem a atenção com o tempo excessivo de telas.
“Toda criança é um universo e, desde cedo, já demonstra gostos, características e peculiaridades. Mas a leitura é uma prática importante para a formação de todas e, quanto mais cedo for incentivada, melhor será o convívio desse jovem leitor com ela. Por isso cabe aos responsáveis criar situações e ambientes propícios”, finaliza a pedagoga.
Fonte: A Rede Decisão é um grupo educacional brasileiro fundado em 1984 e responsável pela gestão pedagógica de escolas privadas de educação básica (“K-12”). O grupo tem 21 unidades próprias localizadas nos estados de São Paulo e Minas Gerais e uma escola do Estado do Paraná sob sua gestão. E, atualmente, conta com cerca de 12.000 alunos.