O bullying pode ter efeitos psicológicos profundos e duradouros, especialmente quando ocorre durante a pré-escola, uma fase crucial do desenvolvimento emocional e social da criança.
Quando uma criança sofre bullying na pré-escola, ela pode experimentar sentimentos intensos de medo, vergonha, humilhação e isolamento. Essas emoções podem ser traumáticas e, se não forem devidamente tratadas, podem levar a problemas de longo prazo, como ansiedade, depressão, baixa autoestima e dificuldades nas relações sociais.
Os traumas relacionados ao bullying são particularmente difíceis de superar porque geralmente ocorrem em um ambiente que deveria ser seguro e acolhedor para a criança: a escola. Quando a criança sente que não pode escapar do bullying, isso pode levar a uma sensação de impotência e desesperança, que é profundamente traumática.
A infância é a fase na qual as primeiras impressões sobre o mundo e sobre si mesmo estão sendo formadas. Se uma criança é vítima de bullying, ela pode internalizar a ideia de que é inferior, inadequada ou indesejada. Essas crenças podem persistir até a idade adulta e influenciar negativamente a autoimagem, a capacidade de formar relacionamentos saudáveis e a capacidade de enfrentar desafios futuros.
É crucial nos termos da lei do bullying, que casos de intimidação sejam levados a sério e que as vítimas recebam apoio psicológico e jurídico adequado. Terapeutas especializados podem ajudar a criança a processar suas experiências traumáticas, desenvolver habilidades de enfrentamento e reconstruir sua autoestima e confiança.
Se a escola não tomar medidas adequadas, os pais podem recorrer à justiça para exigir que a escola cumpra com sua responsabilidade legal de fornecer um ambiente seguro para o aluno. Neste caso, a Lei 13.185/2015, o Código de Defesa do Consumidor e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação podem ser usadas como base para argumentar que a escola não está cumprindo com seu dever de proteger o estudante contra a intimidação sistemática.
Fonte: Advogada Ana Paula Siqueira no Instagram @anapauladigital para mais informações nas áreas de bullying, cyberbullying e LGPD