Tanto a falta de nutrientes como excesso deles pode ser prejudicial, por isso é importante orientação profissional
“Positivo!!” A notícia mais intensa e realizadora que uma mulher pode ter, segundos de euforia seguidos de dúvidas e muitas providências a tomar, mudanças de hábitos e adaptações para o novo “estado” de vida, entre elas a alimentação.
A alimentação é um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento saudável do bebê, cada nutriente exerce ação direta nas diversas etapas de formação fetal sendo recomendado o acompanhamento especializado com nutricionista, paralelamente às consultas médicas (pré-natal).
A alimentação na gravidez deve ser compreendida de forma descomplicada, uma vez que deve ser equilibrada e variada rica em frutas, legumes, verduras, leite e derivados, leguminosas, carnes (de preferência magras como frango e peixes). A ingestão de água deve ser cerca de 3 litros diariamente para gestantes, segundo a Dietary Reference Intakes (DRI).
O modo de preparo deve ser de preferência cozidos, grelhados e assados. A escolha dos alimentos, bem como a higienização e armazenamento devem ser realizados rigidamente para evitar doenças transmitidas por alimentos (DTA).
Após a descoberta da gravidez, o médico prescreverá suplementação de ácido fólico. A gestante não deve tomar suplementos vitamínicos sem o conhecimento médico.
Quais alimentos principais nutrientes importantes na gestação:
Ácido fólico: encontrado no abacate, banana, frutas, cítricas, lentilha, folhas verdes e iogurtes.
Vitamina D: encontrada em carnes, gema de ovo, leite, iogurtes e queijos, entre outros.
Ferro: encontrado nas carnes brancas e vermelhas, feijão, lentilha, ervilha, beterraba, folhas escuras (brócolis, couve, espinafre, agrião).
Cálcio: encontrado em leite e derivados, brócolis (flores cruas), castanha-do-pará, ameixa seca.
Ômega3: suas fontes são principalmente peixes, semente de chia, semente de linhaça e nozes.
Nota: Importante ressaltar que tanto a falta quanto o excesso na ingestão desses nutrientes podem ser prejudiciais a saúde e desenvolvimento do bebê.
Alimentos contra-indicados durante a gravidez:
Cafeína e bebidas estimulantes: além de prejudica a absorção do cálcio quando ingeridos concomitantemente, aumentam o risco de aborto espontâneo, se consumido em excesso. Lembrando que a cafeína é encontrada em outras bebidas como alguns tipos de chás, refrigerantes, chocolates, entre outros.
Leite e derivados: não pasteurizados.
Alimentos crus: carnes vermelha, peixes, aves cruas ou mal passadas; ovos crus (gema deve ser totalmente cozida), entre outros.
Adoçantes artificiais: adição ou alimentos que contenham esse tipo de adoçante.
Bebida alcoólica: podem provocar atraso no crescimento e desenvolvimento do bebê.
Peixes com alto teor de mercúrio: atum, cação e espada, pois o mercúrio passa pela placenta com alto risco de prejudicar o desenvolvimento neurológico do bebê. Opções seguras: salmão, sardinha e cavalinha.
Atenção a higiene, validade e armazenamento dos alimentos tais como frutas e verduras, leite e derivados, embutidos entre outros, a fim de evitar DTA (Doenças transmitidas por alimentos).
O ganho de peso na gravidez, segundo Ministério da Saúde, para gestantes eutróficas (com peso pré-gestacional adequado para altura) deve ser de 8kg a 11kg, como saber qual o peso adequado para sua gestação? Para ter um plano alimentar específico às necessidades nutricionais é recomendado o acompanhamento personalizado com nutricionista, o qual coleta e avalia dados antropométricos, idade da gestante, rotina de trabalho, atividade física, doenças associadas entre outros, a fim de atender as necessidades específicas de calorias, macro e micronutrientes. Consulte um nutricionista, esse cuidado é primordial para garantir a saúde da mamãe e do bebê.
Boa gravidez a todas!