No Setembro Azul, mês que celebra a resiliência da comunidade surda, a professora Keyla Ferrari comenta as barreiras enfrentadas por estas pessoas
O Setembro Azul é um mês muito importante no calendário e é uma data que celebra os grandes feitos da comunidade Surda até os dias de hoje. Sendo assim, este mês representa as conquistas, realizações e a história de uma comunidade que durante muitos anos vem lutando contra os preconceitos e barreiras e que, ainda hoje, busca espaço, acesso e representatividade.
Hoje, somente no Estado de São Paulo, a população abrange mais de 492 mil pessoas com deficiência auditiva. A professora Keyla Ferrari cita que a primeira barreira enfrentada por estas pessoas é comunicacional.“Eles encontram esses impedimentos, essas barreiras comunicacionais nos hospitais, na escola ou na própria família. Então, é muito importante que a sociedade se capacite”.
A dificuldade de entendimento e comunicação entre pessoas ouvintes e pessoas surdas pode e deve ser contornada. Keyla comenta que conhecer o básico de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é um começo para a superação desta barreira, mas “o ideal seria aprender a língua (de sinais) em mais profundidade”, comenta. A professora ainda afirma que o básico é um início para a interação, porém “ainda não é o que esperamos, a gente quer se comunicar”.
Por isso, a importância de toda a sociedade conhecer o mês do Setembro Azul como uma forma de dar visibilidade à comunidade surda, mas não somente se ater a data comemorativa. A professora Keyla pensa no futuro de reconhecimento, e cita a necessidade de uma educação bilíngue inclusiva. “Se nós temos na nossa educação básica o inglês como segunda língua, por que nós já não temos a Libras?” “Então, que tal fazermos a médio/longo prazo uma sociedade bilíngue e mais inclusiva, que consiga fazer com que o surdo se integre dentro dela?”, questiona e deixa a reflexão
Fonte; Professora Keyla Ferrari