Dirigido por Gustavo Spolidoro, único longa nacional natalino traz um Papai Noel mais humanizado
Com roteiro assinado por Gibran Dipp e Gustavo Spolidoro, UMA CARTA PARA PAPAI NOEL teve uma pré-produção bastante cuidadosa investindo na fase de pesquisas para trazer ainda mais veracidade à trama. Foram feitas diversas visitas a casas de apoio, entrevistas com crianças, e muitas delas estão, inclusive, no elenco de apoio do filme.
Já o elenco infantil principal partiu de um mapeamento de 400 jovens atores e atrizes, que passaram por um longo processo de testes, coordenados pelo ator e professor Adriano Basegio. Foi daí que as cinco crianças protagonistas e as dez coadjuvantes foram selecionadas.
“Com a turminha selecionada, tivemos mais três meses de preparação do elenco. Eu e o Adriano elaboramos diferentes exercícios, jogos, brincadeiras e, aos poucos, fomos chegando nos personagens. O Adriano trouxe um processo que eu defini como uma espiral. Íamos circundando o personagem até o momento que chegávamos nele. Nessa hora, as crianças já estavam prontas, e aí não era uma questão de decorar uma fala, mas de viver o personagem”, explica Spolidoro.
Ele também aponta que o maior desafio foi olhar o roteiro do ponto de vista de uma criança, mas sem deixar de lado os adultos que irão ver o filme. “Eu (e o Gibran, e a equipe) tentei trazer a minha criança interior para tudo, torcendo para que as crianças de hoje, quarenta anos depois, ainda guardem alguns dos mesmos encantamentos que eu tive na minha infância.”
Spolidoro e a produtora Aletéia Selonk, da Okna, têm uma parceria de mais de 15 anos, quando lançaram juntos o primeiro longa do cineasta. “Para mim, não ter a responsabilidade de produzir meu próprio filme, o que fiz em quatro dos sete longas que dirigi, me traz um grande alívio, pois consigo focar no processo de direção e tenho certeza que a produção estará sendo construída da melhor maneira. É uma troca de confianças e criações que já tem novos paradeiros após o longa de Natal”, aponta o cineasta.
Já Aletéia destaca a importância de produções que também visem o público infantil, não apenas para demandas de mercado, mas também para a formação de público. Além disso, UMA CARTA PARA PAPAI NOEL lhe permitiu levar ao cinema um personagem que lhe é importante desde a infância.
“Criar esse mundo lúdico e encantado foi a parte mais divertida do projeto e a mais desafiadora também. Eu sabia que o universo proposto pelo roteiro precisava de mais e mais camadas criativas vindas das outras áreas. Foi com essa demanda que busquei reunir talentos com diferentes competências e experiências em suas áreas para compor nossa equipe criativa. Em conjunto com a Direção, e também com a Arte, a Fotografia, o Som direto, estivemos muito próximos buscando o melhor para o projeto e o melhor para o desempenho dos núcleos criativos. Essa mesma rotina foi empregada para a pós-produção, que teve início na pré-produção, pois temos muitos efeitos visuais e a inserção de músicas na gravação de algumas cenas”, explica a produtora.
Chachá, que vive a figura mítica do Papai Noel, aponta que trouxe ao filme não apenas os elementos típicos do personagem, “como doçura, uma barba branca e muito ho-ho-ho!” . Mas o diferencial de seu Bom Velhinho é a humanidade.
O nosso Papai Noel tem uma certa dose de angústia por se sentir esquecido no restante do ano. Ninguém se lembra de sua figura e nem se importa como ele vive e sofre com este esquecimento. A forma como ele ganha contornos de um homem real, longe da mitologia natalina, faz com que o vejamos de maneira quase inédita, vivendo aventuras e emoções quase como um super-herói improvável. Daí este desafio ser tão surpreendente e delicioso de se viver”, conta o ator.
Sinopse Jonas, um menino órfão de 8 anos que vive em uma casa de acolhimento, nunca ganha presente no Natal. Preocupado, ele escreve uma carta para Papai Noel, mesmo que seus amigos Beca, Pri, Alana e Cabeleira debochem da ingenuidade: ”Só o Jonas pra acreditar que esse ano ia ser diferente. Papai Noel só vai na casa de quem tem dinheiro, família, essas coisas”. Ao receber a carta de Jonas perguntando sobre o que Noel gosta de fazer, de comer e como é sua vida quando não é Natal, Noel se emociona. Jonas conta que nunca recebe presente no Natal e, então, Papai Noel entra em ação para descobrir o motivo. Noel se disfarça de Leon – o Conserta-Tudo e, junto com Maria Noel e com a ajudante Tata, parte para investigar o mistério. Enquanto explora a casa de acolhimento, Noel começa a ser vigiado por Léia, a diretora do lugar. Léia começa a desconfiar de Noel, criando dificuldades para ele e a garotada. Noel e as crianças criam um forte laço de amizade, mas a construção dessa cumplicidade será repleta de obstáculos. Nessa jornada, todos irão redescobrir o verdadeiro significado do Natal.
Fonte: Gustavo Spolidoro – produtora Aletéia Selonk – Okna Produções