Segundo estimativa do Ministério da Saúde divulgada no início deste mês, o número de casos de dengue no Brasil pode variar de 1,7 milhão até 5 milhões em 2024.
Com dados do Ministério da Saúde, clínico geral da Hapvida NotreDame Intermédica, Raphael Tadashi, fala sobre como identificar sintomas da dengue em meio à projeção de um aumento significativo de casos no Brasil
Segundo estimativa do Ministério da Saúde divulgada no início deste mês, o número de casos de dengue no Brasil pode variar de 1,7 milhão até 5 milhões em 2024. Em 2023, foram registrados aproximadamente 1,6 milhão de casos. Os dados divulgados foram compilados em parceria entre a pasta e o InfoDengue, da Fiocruz. A projeção do aumento de casos é reflexo do clima, com o calor e chuva intensos.
Mesmo a dengue não sendo novidade, seus sintomas ainda deixam muitas pessoas em dúvida, por serem parecidos com o de outras viroses, como a gripe. Segundo o clínico geral e gerente médico nacional da Hapvida NotreDame Intermédica, Raphael Tadashi, os sintomas mais comuns da dengue observados em diversos pacientes são febre alta (geralmente acima de 38,6ºC) e abrupta, cefaléia intensa, mialgia, artralgia, fadiga e, ocasionalmente, manifestações cutâneas como a erupção petequial (manchas vermelhas).
Para diferenciar os sintomas da dengue de outra virose, é necessária uma análise minuciosa, segundo Tadashi. “A presença de dores retrooculares intensas (dor na região dos olhos), agravamento das dores musculares e presença de hemorragias (nariz e gengiva) distinguem a dengue, mas é crucial uma avaliação clínica precisa”, disse.
Os sintomas da doença persistem por cerca de uma semana, embora a fadiga e a fraqueza possam continuar exigindo atenção contínua no pós-infecção. O tratamento médico para dengue é à base de antitérmicos e analgésicos. É recomendado também repouso e hidratação intravenosa se necessário. Em casos severos, recomenda-se monitoramento hospitalar para garantir intervenções oportunas. “Contudo, ressalta-se que não há uma terapia específica antiviral”, reforça o clínico geral.
Tadashi explica que existem quatro tipos diferentes de dengue (1, 2, 3 e 4), e cada um deles tem características diferentes que afetam a gravidade dos casos. Todos esses tipos podem aparecer com ou sem sintomas. Para entender melhor, é importante considerar três aspectos:
1. Todos os quatro tipos de dengue podem causar casos graves, principalmente após a segunda ou terceira infecção. Não há uma diferença estatisticamente comprovada entre a gravidade depois da segunda ou da terceira infecção.
2. Algumas pessoas, quando picadas pelo mosquito Aedes aegypti, não ficam doentes mesmo que tenham sido infectadas. Elas ficam imunes ao tipo de dengue com o qual foram infectadas. Isso acontece com 20 a 50% das pessoas infectadas.
3. Quando alguém pega dengue pela segunda vez, geralmente é mais sério do que na primeira vez, não importa qual tipo de dengue tenha causado a primeira infecção. Mas, em geral, os tipos 2 e 3 da dengue são vistos como mais fortes. “É importante lembrar que muitas vezes a pessoa não sabe se já teve dengue por duas razões: pode ter tido a infecção subclínica (sem sinais e sem sintomas) ou pelo fato da facilidade com que a dengue, principalmente nas formas brandas, pode confundir-se com outras viroses febris agudas”, finaliza o clínico geral Raphael Tadashi
Fonte: Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina