Alerta para prevenção da doença, que mata 311 mil mulheres no mundo a cada ano. Imunizante evita tipos oncogênicos do HPV
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Tema da campanha Março Lilás, o câncer de colo de útero ocorre devido à infecção persistente por tipos oncogênicos do Papiloma Vírus Humano (HPV), considerada a principal doença sexualmente transmitida. Ele é a quarta principal causa de morte de mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). São mais de 17 mil casos e cerca de 6 mil mortes, a cada ano, no Brasil. No resto do mundo, ele vitima 311 mil mulheres anualmente.
É uma doença evitável pela vacina, que está disponível nas redes pública e privada, em diferentes apresentações. O imunizante contra o HPV contém os principais sorotipos causadores do câncer de colo de útero, verrugas e outros tipos cânceres anogenitais, de boca e orofaringe, em ambos os sexos.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, existem mais de 100 tipos de HPV, dos quais pelo menos 14 são cancerígenos (alto risco). “Dois tipos, o 16 e 18, causam 70% dos cânceres do colo do útero e das lesões pré-cancerosas. Também há evidências científicas que relacionam o HPV a lesões de ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe. Se detectado precocemente, pode ser tratado e curado. Sem tratamento, é quase sempre fatal”, explica a médica da família Paula Cícero, da Amparo Saúde, empresa de Atenção Primária e Gestão de Saúde de Grupos Populacionais do Grupo Sabin.
A médica infectologista Ana Rosa dos Santos, consultora de vacinas do Sabin Diagnóstico e Saúde, destaca que a imunização é indicada para ambos os sexos e explica que a transmissão do vírus pode ocorrer também na ausência da prática sexual, pelo contato direto com a pele ou mucosa. Quanto mais cedo se vacinar, mais cedo estará protegido, por isso a vacina deve ser aplicada, preferencialmente, antes do contato com o HPV. “A vacina traz benefícios ao longo prazo, como um investimento para a vida”, afirma.
Esquema vacinal e prevenção| O Sabin Diagnóstico e Saúde disponibiliza a vacina HPV9 (nonavalente), que protege contra nove subtipos cancerígenos do vírus: 16 e 18, os de mais alto risco para os cânceres de útero, anogenitais e orofaringe; os tipos 6 e 11, que provocam verrugas (condiloma), além dos sorotipos 31, 33, 45, 52 e 58. Esses últimos não compõem a versão quadrivalente ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS). Na rede privada, são aplicadas três doses e podem se imunizar pessoas de ambos os sexos, dos 9 aos 45 anos, enquanto nos postos de saúde o esquema é de duas doses meninos e meninas na faixa etária de 9 a 14 anos. A vacina também está disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie) para crianças e adultos de 9 a 45 anos que vivem com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos
As médicas alertam que a imunização não exclui a necessidade de outras medidas para evitar o contágio pelo HPV. “As vacinas complementam a prevenção e aumentam a segurança, mas é imprescindível usar preservativos e realizar exames ginecológicos. O vírus é um inimigo invisível”, reforça Ana Rosa.
Paula destaca que outros fatores de risco podem ocasionar a infecção, como baixa imunidade, outras infecções sexualmente transmissíveis e o fumo, além de predisposição genética. “Por isso, vacinar, oferecer educação para práticas sexuais seguras, usar preservativos e não fumar são medidas efetivas para evitar o câncer do colo do útero”, enumera a médica da família. Exames colhidos em consultório ginecológico, como Papanicolau, colposcopia e captura híbrida podem identificar o câncer de colo de útero ainda em estágio inicial. “Caso a presença do vírus ou de lesões seja identificada, o tratamento pode ser feito com aplicação de substância ácida no consultório ou de medicamentos em forma de creme. No caso de múltiplas e extensas lesões, pode ser necessária intervenção cirúrgica ou cauterização elétrica”, descreve Paula
Fonte: Grupo Sabin | Referência em saúde, destaque em gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades, o Grupo Sabin nasceu na capital federal, fruto da coragem e determinação de duas empreendedoras, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, em 1984.