Sintomas parecidos causas diferenças
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A confusão entre autismo e perda auditiva é um tema mais recorrente do que se é esperado, por isso neste mês da concientização sobre o autismo pedimos ao otorrinolaringologista Vinicius Ribas de Carvalho para que nós ajudasse neste diferenciação, pois o diagnóstico caseiro e errôneo pode levar a tratamentos inadequados, principalmente em crianças mesmo que também possa ocorrer em adultos. Mesmo que ambas as condições sejam bem diferentes, alguns de seus sinais e sintomas têm semelhanças. Isso acontece em partes pelos comportamentos compartilhados entre os possuidores do Transtorno de Espectro Autista(TEA) conhecido popularmente como autismo, que é resultado de alterações físicas e funcionais do cérebro e está relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental. Em contraste, a perda auditiva é a incapacidade de ouvir sons, que pode variar em intensidade e afetar um ou ambos os ouvidos.
“A mistura entre essas duas condições pode surgir pela forma como a criança responde ao seu ambiente. Por exemplo, crianças autistas podem não responder quando seu nome é chamado, não por uma dificuldade em escutar, e sim por estarem concentradas em outra coisa mais interessante ou por não verem importância na interação. Da mesma forma, crianças com perda auditiva podem não responder pois literalmente não podem ouvir. Ambas as condições podem levar a dificuldades no desenvolvimento da linguagem, com o autismo afetando a compreensão e uso da comunicação social e a perda auditiva limitando a recepção de informações sonoras que é a principal forma de aprendizado da língua, ouvir e imitar”, diz o otorrinolaringologista Vinicius Ribas de Carvalho.
Para diferenciar as duas condições, é necessário procurar profissionais qualificados para fazer avaliações específicas. Suspeitas de perda auditiva requerem testes audiológicos para medir a capacidade auditiva, enquanto o diagnóstico de autismo envolve observações por uma equipe multidisciplinar para identificar padrões de comportamento associados ao TEA. O tratamento vai depender do diagnóstico, podendo incluir terapia comportamental e educacional para o autismo, ou uso de aparelhos auditivos e terapia de fala para perda auditiva.
Este esclarecimento demonstra a importância da procura por especialistas para um diagnóstico correto, permitindo intervenções adequadas ao problema que apóiem o desenvolvimento do indivíduo
Fonte: Dr. Vinicius Ribas de Carvalho Duarte Fonseca – CRM 18754 PR – Otorrinolaringologista pediatra – @viniciusribasfonseca