Cannabis medicinal surge como uma promissora alternativa de tratamento
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O lúpus é uma doença autoimune complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é especialmente preocupante no Brasil: estima-se que cerca de 65 mil pessoas, principalmente mulheres entre 20 e 45 anos, vivam com a condição.
Essa é uma das mais de 80 doenças autoimunes conhecidas e é caracterizada por um processo inflamatório que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos do corpo, incluindo a pele, articulações, rins e até mesmo órgãos vitais, como coração e pulmões.
Os sintomas do lúpus variam, mas podem incluir manchas na pele, fadiga, dores nas articulações e inflamações em órgãos internos. Existem diversos tipos de lúpus, cada um com suas características, desde o lúpus eritematoso sistêmico, o mais comum, até formas menos frequentes, como o lúpus induzido por medicamentos e o lúpus neonatal.
A dificuldade no diagnóstico e os tratamentos convencionais
O diagnóstico da doença é complexo, exigindo uma série de exames. Muitas vezes pode ser confundido com outras condições devido à sua variedade de sintomas.
Os tratamentos convencionais atualmente incluem o uso de corticoides, anti-inflamatórios e, em casos mais graves, fármacos citotóxicos. No entanto, essas opções podem causar efeitos colaterais significativos e nem sempre são eficazes para controlar a doença a longo prazo.
A cannabis medicinal como alternativa terapêutica
“O lúpus é uma condição desafiadora de tratar devido à sua natureza crônica e à falta de uma cura definitiva. No entanto, a cannabis medicinal tem emergido como uma promissora alternativa terapêutica, especialmente devido às suas propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras”, comenta a Dra. Mariana Maciel, médica especialista em medicina canabinoide e CEO da Thronus Medical.
“Estudos recentes têm demonstrado que os canabinoides podem ser a vanguarda do tratamento para doenças autoimunes. Recentemente, a tradicional Revista Cellular & Molecular Immunology publicou evidências de como os compostos como canabidiol (CBD) e a anandamida (AEA), influenciam a formação das células Th17 em pessoas que sofrem de doenças autoimunes relacionadas ao sistema reumático, como é o caso do lúpus.”, continua a Dra. Mariana Maciel.
“Esses resultados contribuem para uma compreensão mais profunda da patologia, abrindo novas perspectivas para o tratamento dessa condição. Os dados desta pesquisa fornecem suporte inicial para o uso de medicamentos derivados da cannabis como agentes imunomoduladores valiosos”, ressalta a médica.
O tratamento com a cannabis medicinal oferece vantagens significativas também em termos de efeitos colaterais. Ao contrário de muitos medicamentos convencionais usados no tratamento do lúpus, o CBD não causa dependência e tem um perfil de segurança favorável.
É importante ressaltar que esses fármacos só podem ser introduzidos no tratamento com prescrição médica. Sobre o estágio da doença a ser tratada, dosagem e demais orientações é imprescindível buscar um médico prescritor de cannabis medicinal para acompanhamento contínuo.
Fonte: Thronus Medical fundada no Canadá, a Thronus Medical é uma biofarmacêutica líder mundial na produção e no desenvolvimento de nanofármacos à base de cannabis medicinal.