Ondas de calor e uso inadequado podem causar acidentes graves. Especialista explica como evitar riscos e tratar ferimentos causados pela explosão
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No último sábado (8), uma jovem sofreu queimaduras de primeiro e segundo grau, em Anápolis (GO), após o celular que estava em seu bolso traseiro explodir enquanto fazia compras.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o dispositivo entrou em combustão, levando a vítima a correr desesperadamente em busca de ajuda. Ela foi encaminhada ao hospital para tratamento das lesões.
Queimaduras de segundo grau afetam tanto a epiderme (camada superficial da pele) quanto a derme (camada mais profunda da pele), causando sintomas como: vermelhidão intensa, dor significativa, inchaço e bolhas.
“Essas lesões podem ser difíceis de tratar e requerem cuidados médicos adequados para prevenir infecções e promover a cicatrização correta”, destaca Andrezza Barreto, enfermeira da Vuelo Pharma.
Casos de explosões de celulares estão se tornando cada vez mais comuns, trazendo riscos à segurança dos usuários. O incidente reacendeu o alerta sobre os perigos do superaquecimento das baterias de íon-lítio, que podem entrar em combustão espontânea devido a falhas internas, exposição ao calor ou uso de acessórios não certificados. Segundo especialistas, embora pareça um evento raro, casos como esse vêm aumentando nos últimos anos.
Para minimizar os riscos, recomenda-se evitar a exposição do aparelho a altas temperaturas, não utilizar carregadores ou baterias não originais, evitar a proximidade do dispositivo a fontes de calor ou em superfícies inflamáveis, não manter o celular em bolsos apertados ou em contato direto com o corpo por períodos prolongados.
Mas, se um celular explodir e causar queimaduras, ações rápidas podem reduzir os danos. A enfermeira Andrezza Barreto descreve as etapas essenciais dos primeiros socorros.
- Remova a fonte de calor: afaste a vítima da fonte causadora da queimadura.
- Resfrie a área queimada: lave a região afetada com água corrente fria por cerca de 10 a 20 minutos para reduzir a dor e o inchaço.
- Proteja a queimadura: cubra a área com um pano limpo ou gaze estéril para evitar contaminação.
- Não estoure bolhas: evite romper as bolhas, pois elas protegem contra infecções. Se necessário, esse procedimento será realizado pelo profissional de saúde.
- Busque atendimento médico: procure assistência médica imediatamente para avaliação e tratamento adequados.
Curativos tecnológicos, têm sido amplamente utilizados na recuperação de lesões cutâneas, pois criam um ambiente favorável à regeneração do tecido e ajudam a reduzir a dor. “Esses materiais permitem a troca gasosa e evitam a desidratação da pele, acelerando o processo de recuperação de queimaduras”, explica a enfermeira.
A conscientização sobre os riscos do uso inadequado de dispositivos eletrônicos, aliada ao conhecimento de medidas preventivas, é fundamental para evitar acidentes e promover a segurança dos usuários.
Fonte: Andrezza Barreto, enfermeira da Vuelo Pharma – Membracel