Professor dá dicas para famílias economizarem com o material escolar na volta às aulas
Todo início de ano é uma caixa de surpresas. Mal ocorreram as comemorações de Natal e Ano Novo e as conhecidas despesas de início do ano já abocanham parte significativa do orçamento das famílias: IPVA, IPTU, matrícula, uniforme e material escolar e contribuições sindicais, entre outros gastos. Tudo tem de ser muito bem planejado e organizado para que as pessoas não se endividem.
Dentre as despesas, o aumento do material escolar é um dos itens mais preocupantes, pois este mês de janeiro gira entre 5% e 8%, um reajuste significativo, muito acima da inflação e da correção da maioria dos salários.
Por isso, é importante encontrar alternativas para minimizar esse impacto e reduzir o valor da lista escolar. O professor Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de Contabilidade da Faculdade Santa Marcelina (FASM), dá as seguintes sugestões e dicas:
- Pesquisar em vários estabelecimentos e comprar de modo fracionado pode ser uma alternativa interessante. Algumas empresas mantêm o chamado chamariz (um ou dois itens mais baratos) e a pesquisa em campo ou pela internet pode levar a uma boa economia, comprando esses materiais mais atrativos em distintas lojas.
- Verificar sempre se o preço à vista e a prazo é o mesmo. Caso tenha dinheiro, prefira as compras à vista. Um bom desconto gira em torno de 5% e comprar no dinheiro vivo permite que a negociação seja mais favorável, pois o estabelecimento deixa de pagar comissão para a rede de cartões e pode reverter esse desconto ao consumidor.
- Nunca leve as crianças na compra de material escolar. Normalmente, os produtos com alguma marca, tema ou desenho atraem os pequenos. Porém, esses produtos licenciados são mais caros. De nada adianta ter a imagem de um time de futebol ou de um artista. O mais importante é a qualidade do material. Há muitos produtos não licenciados, com boa qualidade.
- Unir as listas escolares dos vários pais e fazer uma compra coletiva poderá resultar em um desconto muito maior.
- Alguns estabelecimentos, para atrair clientes, estão fazendo algumas promoções interessantes, como um desconto por quilo de cadernos antigos sem espiral. Dependendo do tamanho da família, isso pode reduzir também o valor a ser pago pela lista e pode estimular as crianças a fazerem a sua parte, estimulando-as.
- Evite a compra de livros. Procure dentro das escolas alternativas que permitam aos pais a troca de livros bem conservados ou a venda por preço bem mais em conta. A economia parece pequena, mas, dependendo do tamanho da família, pode reduzir o valor da lista e permitir a aquisição de outros materiais.
- Procure fazer com que o futuro aluno da escola utilize mais a biblioteca para a pesquisa e verifique os livros que são fundamentais e de uso obrigatório em sala e os que serão de uso esporádico. Empreste-os ou use da própria escola.
- Caso não tenha recursos financeiros disponíveis, fracione a lista e compre aos poucos, pois ninguém usará todo o material em um dia somente de aula.
“Essas pequenas alternativas podem reduzir o valor da lista na faixa de 20% a 30%. Essa economia permite que a família possa atender a outras necessidades do dia a dia. Portanto, esta é a lição de casa para os pais”, conclui o professor Reginaldo.