Técnica possibilita à mulher estocar e preservar seus óvulos antes de perderem a qualidade ou a total função ovariana.
Segundo dados Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer tanto em 2018 como em 2019. Nas mulheres, os cânceres mais incidentes são o de mama (59 mil casos), de intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil). Apesar dos números alarmantes, foi-se o tempo em que o tratamento para combater a patologia acabava com o sonho da maternidade. Atualmente, com o avanço da medicina, existem técnicas de reprodução assistida que podem contornar esse problema.
“É essencial que as pacientes oncológicas saibam da importância da preservação da fertilidade, ou seja, o congelamento de oócitos, pois os tratamentos de quimioterapia e radioterapia podem comprometer a fertilidade. Felizmente, é possível congelar previamente os gametas femininos, visando a garantia do direito reprodutivo dessas mulheres”, informa o ginecologista especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira.
O especialista explica que a técnica de congelamento de óvulos, por meio da vitrificação, é o método mais promissor para ser utilizado por mulheres que desejam preservar sua fertilidade. “A criopreservação dos óvulos é realizada por um método laboratorial chamado vitrificação, que protege a célula e mantém suas funções. Por serem células grandes possuem muita água em sua composição, sendo assim, os óvulos, são desidratados e depois imersos em um meio crioprotetor para serem congelados. Desta forma, o congelamento dos gametas femininos possibilita à mulher estocar e preservar seus óvulos jovens antes de perderem a qualidade ou a total função ovariana, possibilitando que, mais tarde, quando estiver decidida, opte pela gravidez”.
“O congelamento de oócitos é hoje uma realidade possível não só para pacientes com câncer, mas para as mulheres que ainda não tem planos mais objetivos para engravidar em curto espaço de tempo”, finaliza Renato.
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