*Por René Rodrigues Junior
Trazer um pet, por exemplo, para dentro do lar é um compromisso que deve ser muito bem pensado. É preciso pesquisar qual raça melhor se encaixa no perfil da família e se haverá tempo para cuidar, caso contrário, cancele a ideia. Por isso é necessário levar em consideração que todos os membros da casa deverão ter a responsabilidade de zelar por ele, logicamente a parte mais pesada sempre ficará a cargo dos pais, mas as crianças podem ajudar com pequenas tarefas.
Não existe uma restrição de idade para que o novo membro da família possa conviver com as crianças. Desde que ambos estejam saudáveis, o contato até ajuda no desenvolvimento do sistema imunológico dos pequenos, além de desenvolver o senso de responsabilidade de saber que um animalzinho depende dos seus cuidados para viver.
É necessário delegar funções que estejam de acordo com a idade das crianças. Para os muito pequenos, os pais devem estimular a relação para que desenvolvam o afeto e carinho pelos pets. Já para crianças maiores, é possível passar tarefas como trocar a água e a comida, passear, escovar o pelo e cuidar da higiene do bichinho. O ideal é incluir todos esses afazeres em uma planilha, lousa ou painel e deixar disponível para que a criança possa ver o que precisa ser feito em cada dia.
Além disso, para que se tenha um ambiente saudável e até mesmo evitar doenças nas crianças, os pais devem tomar alguns cuidados como, por exemplo: não permitir que a criança beije o focinho do amigo; após brincar, a criança deve lavar as mãos; tratar o pet ao menor sinal de pulgas e até mesmo verminoses; e deixar sempre em dia as vacinas do animal.
O mais importante é fazer com que as crianças tenham a consciência de que um pet não é um brinquedo. É preciso conversar com seus filhos e mostrar o tamanho da responsabilidade de cuidar de um animalzinho, que praticamente se torna um membro da família por muitos anos.
* René Rodrigues Junior é médico veterinário da Magnus