Importância da vitamina D para a fertilidade dos casais

Nutriente é essencial para casais que querem engravidar e mulheres que já estão na fase de gestação

A vitamina D é essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações, pois ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A principal maneira do corpo humano produzir vitamina D é por meio da exposição solar, em que os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese da substância. Além do sol, alguns alimentos também são fontes de vitamina D, como sardinha e atum em lata, salmão, leite e seus derivados e ovos.

Os baixos níveis de vitamina D têm sido relacionados, segundo alguns pesquisadores, com doenças como depressão, problemas nos ossos, doenças no coração, diabetes, doenças autoimunes, câncer, autismo, gripes e resfriados, além de poder prejudicar a fertilidade. A orientação para pessoas com mais de 50 quilos é consumir entre 5.000 e 10.000 unidades de vitamina D ao dia, sendo que isso também vale para gestantes e lactantes. Já as crianças devem ingerir até 1.000 unidades da vitamina para cada cinco quilos do peso.

Segundo Dr. Maurício Chehin, médico ginecologista e especialista em reprodução humana da Huntington Medicina Reprodutiva, a deficiência da vitamina D pode, eventualmente, prejudicar a fertilidade e a gestação.

“A vitamina tem diversas ações celulares e imunológicas e pode atuar no corpo feminino como um dos muitos fatores reguladores da implantação do embrião – seja por uma fertilização in vitro ou uma gravidez espontânea. Durante a gravidez a falta da vitamina também pode elevar a incidência de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia (hipertensão) e parto prematuro. Existem, ainda, estudos que sugerem um aumento na chance de a criança nascer com autismo devido a falta da vitamina, que é muito importante para o desenvolvimento do cérebro do bebê, mas embora cada vez exista mais evidência da importância plural da vitamina D, quando se fala de chances de gravidez, são tantas as variáveis envolvidas que não se consegue comprovar de maneira clara qual o verdadeiro peso que a deficiência da vitamina tem nas chances de um casal engravidar”, afirma Dr. Chehin.

Já em relação à fertilidade masculina, pesquisas revelam que a vitamina também ajuda a melhorar a qualidade dos espermatozoides e a regular a quantidade de testosterona. “É importante que o casal que deseja ter filhos fique atento à quantidade de vitamina D que tem no corpo, pois é um nutriente importante para a manutenção para fertilidade”, completa Dr. Chehin.

Apesar da vitamina D estar presente nos alimentos de origem animal consumidos no dia a dia, somente a ingestão deles não é suficiente, pois não possuem a quantidade necessária de vitamina para o bom funcionamento do organismo. Com isso, é importante tomar sol durante 20 minutos todos os dias, deixando uma parte do corpo à mostra para que a substância seja absorvida pela pele.

Para saber se o corpo está com falta do nutriente, os médicos recomendam fazer um exame de sangue para constatar a carência da substância. Se confirmada a baixa quantidade da vitamina D no organismo, pode ser indicado o uso de suplementos – a dose diária varia de acordo com a idade do paciente e a concentração do medicamento.

Além da vitamina D, as vitaminas A, E, C, tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), niacina (vitamina B3), piridoxina (vitamina B6), e os minerais ácido fólico, cálcio e ferro são necessários na gestação. Dessas, a vitamina C, um antioxidante que protege de lesões nos tecidos e participa na formação e função do sistema imunológico, e o ferro – colabora na formação da hemoglobina e previne a anemia, o baixo peso ao nascer e o parto prematuro – são essenciais para um bom desenvolvimento gestacional.

“Dessa forma, é de extrema importância que o casal mantenha uma dieta balanceada que inclua o consumo de uma grande variedade de alimentos, rica em nutrientes e vitaminas, pratique esportes e faça exames regularmente. Assim, as chances de engravidar aumentam”, finaliza Dr. Chehin.

 

Dr. Maurício Chehin

Huntington Medicina Reprodutiva

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