Ginecologista fala sobre a condição que afeta um em cada dez casais em idade fértil que está tentando engravidar.
Para muitos casais ter filhos e constituir uma família é um sonho, mas muitas pessoas sofrem com problemas de infertilidade e nem sabem o motivo. Mesmo com o maior acesso à informações relevantes, a falta de conhecimento sobre o tema ainda é muito grande no Brasil. A infertilidade é definida quando um casal tenta engravidar naturalmente ao longo de 12 meses de tentativas com relação sexual regular sem o uso de método contraceptivo. Esse é o tempo médio que leva um casal a procurar atendimento com um especialista em reprodução assistida e começar a investigar as causas do problema.
A infertilidade atinge cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS. Desses, existe um grupo que não consegue saber exatamente qual a causa da infertilidade. E a principal preocupação é se a falta de um diagnóstico afeta a possibilidade de tratamento. De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva – ASRM, até 30% dos casais inférteis não têm um diagnóstico inicial preciso. “Nesses casos, o tratamento é empírico, ou seja, baseado em experiência. Apesar da literatura médica ser vasta nesta área, muitos estudos não consideram as inúmeras variáveis, por isso é preciso individualizar”, explica Alfonso Massaguer, ginecologista e obstetra, diretor da Clínica Mãe de Reprodução Humana.
A questão atinge cerca de um em cada dez casais em idade fértil no país. “A sociedade costuma culpar as mulheres, mas isso não passa de um mito. Das causas de infertilidade, 35% são relacionadas à mulher, os mesmos 35% são relacionados a fatores masculinos e 20% são derivados de uma infertilidade combinada do casal. Os outros 10% são o indicativo de quando não é possível se identificar a razão da infertilidade”, explica o médico.
Entre as causas de infertilidade na mulher fatores como problemas na ovulação, endometriose, alterações tubárias ou no útero devem ser considerados. Já nos homens, os problemas estão relacionados na formação, transporte, quantidade e qualidade de espermatozoides. Para o Dr. Alfonso “com a evolução e aprimoramento das técnicas de reprodução assistida que são praticadas atualmente, é possível identificar a raiz do problema seja ele no homem, na mulher ou em ambos, e submeter o paciente ao tratamento mais efetivo para a concepção da gravidez”, finaliza o ginecologista.