A principal característica da escoliose é uma curvatura lateral acentuada na coluna
Emanuele Palma tem 12 anos e aos 10 começou a tratar um desvio na coluna denominado escoliose idiopática. Na época, a irmã mais velha já havia passado por uma cirurgia para corrigir uma curvatura na coluna. “Foi a situação da Eduarda que fez a gente buscar um especialista para a Emanuele assim que ela começou a reclamar de dores nas pernas”, conta o pai das meninas, Adriano de Castro Palma.
“Quanto antes se fizer o diagnóstico destes casos, menor a probabilidade de ser preciso um tratamento cirúrgico”, alerta o ortopedista Luiz Müller Avila. O mês de junho é considerado o Mês Internacional da Conscientização sobre a Escoliose Idiopática.
Diagnosticar a escoliose cedo pode evitar o tratamento cirúrgico
A escoliose as vezes em casos mais graves, pode provocar doenças respiratórias e até cardíacas. Avaliar e diagnosticar cedo é fundamental”, reforça médico.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a escoliose idiopática atinge até 4% da população. O desvio é caracterizado por uma alteração para um dos lados da curvatura natural da coluna vertebral. A coluna vertebral normal parece reta, vista de frente, porém, de lado tem curvaturas, quando observada.
Com causas desconhecidas, esse tipo de escoliose atinge pessoas de todas as faixas de idade, mas, principalmente, crianças e adolescentes de 9 a 15 anos, que estão em fase de crescimento. “As que estão prestes a menstruar pela primeira vez é ainda mais comum, em meninas na faixa de 11 anos,”, explica o especialista. A doença é mais comum em adolescentes do sexo feminino, totalizando 60% dos casos.
O teste de Adams ajuda a identificar a escoliose
O médico também ressalta que, geralmente, a escoliose na infância não causa dor e por isso é preciso fazer uma consulta para avaliar alguns sinais como ombros ou quadris assimétricos, curvatura acentuada da coluna vertebral para um dos lados, ou ainda sensação de desconforto muscular. Além disso, também é importante observar o histórico familiar, como foi o caso das irmãs Emanuele e Eduarda.
Agora, após dois anos de tratamento, Emanuele já tem uma rotina normal. “No início do tratamento, as visitas ao hospital eram de três em três meses, depois foram espaçando de seis em seis, e neste momento as consultas são apenas uma ao ano”.