Acredite ou não, mas ler fábulas e histórias para crianças, principalmente antes delas dormirem, é a melhor maneira de colaborar para que o seu desenvolvimento linguístico seja beneficiado de maneira mais rápida e produtiva.
Isto é o que mostra um estudo feito pelo pediatra Barry Zuckerman, da Boston University School of Medicine, publicado no Arquivos de Doenças Infantis (Archives of Disease in Childhood). Segundo a pesquisa, ler em voz alta para crianças com a partir dos dois anos de idade, aumenta o desenvolvimento da linguagem e fornece bagagem linguística beneficiando os anos escolares seguintes. Além de ser um forte meio de troca emotiva.
Isto explica-se pelo fato do ser humano aprender a falar através da imitação dos sons. Neste caso, quando a mamãe ou papai lê uma história para seu filho, ele assimila os sons das palavras e, por serem palavras diferentes daquelas normalmente utilizadas pelos adultos, a criança aumenta a quantidade de combinações linguísticas na mente.
Histórias na educação infantil são bases fundamentais para a formação educacional, em especial no início da escolaridade. Mas para isso, deve ocorrer um planejamento, afinal, é um momento importante em que a criança vivenciará e absorverá coisas que identificam-se com ela.
Algumas ações por parte dos pais, e até mesmo professores, são bem importante para auxiliar este novo desenvolvimento: contar histórias diariamente, que podem ser repetidas dependendo do interesse da criança; procurar livros com poucos textos, linguagens simples, maior número de ilustrações (grandes e sugestivas); buscar histórias que ajudem a resolver um problema, por exemplo, se o filho recusa comer verduras, selecione um tema voltado para a importância dos alimentos de uma forma que a criança se identifique com o assunto. Não esquecer de, ao contar histórias, planejar o momento, inserindo aspectos fundamentais como local e buscar ambientes diferenciados para narrar a história; a posição da criança deve ser confortável; é fundamental que conheça a história para que você conte com suas próprias palavras com uma linguagem simples e tom moderado. E por fim, deixar fluir a motivação no momento que estiver contanto a história para despertar a curiosidade de seu filho.
Se ele ficar disperso, faça-o participar da historinha e questione para que ele possa interagir com você.