Há muitos motivos que podem retardar ou impedir que alguns casais realizem o sonho de ter um filho. De cada 100 casais, 80 conseguem “engravidar” depois de manter relações sexuais por até um ano sem o uso de qualquer contraceptivo. Os outros 20 não são bem sucedidos no seu desejo.
E cada dia que passa sem sucesso, a ansiedade pela espera do tão desejado filho aumenta, podendo atrapalhar os planos de quem quer engravidar. A ansiedade altera o sensível sistema hormonal do corpo da mulher e faz com que o cérebro passe a produzir substâncias capazes de bloquear as funções reprodutivas e até mesmo alterar a ovulação. Portanto, relaxe!
Quando a ansiedade não é o problema, o casal terá que investigar as causas que fazem a reprodução ser difícil. Existem exames que identificam a fertilidade do homem e da mulher individualmente.
Os mais comuns realizados em mulheres são os hormonais, a avaliação clínica dos ciclos menstruais e ultrassonografia para verificar o tamanho do ovário e presença ou não de cistos. Em homens, são realizados exames clínicos dos testículos e pênis, uma avaliação da função sexual desses órgãos e um espermograma para verificar quantidade e qualidade dos espermatozóides.
A barriga não cresce – As causas da infertilidade não são maiores em homens ou mulheres. Tanto fatores masculinos quanto femininos são a razão da dificuldade da geração de um filho, isso quando a causa não é a interação entre o casal. O ideal é que depois das avaliações clínicas, o homem inicie primeiro a investigação mais profunda, já que os procedimentos são mais fáceis de serem realizados do que os feitos pelas mulheres.
Existem casos de incompatibilidade entre o casal, isto é, mesmo sendo um casal sadio, sem alteração alguma, os dois juntos não conseguem ter filhos. Isso não acontece freqüentemente e nem quer dizer que o casal nunca terá filhos, mas precisará da ajuda de um especialista em reprodução humana.
Além da ansiedade, outras alterações podem impedir a gravidez, entre elas a endometriose (camada do útero em lugar errado), infecções genitais, hiper ou hipotiroidismo (produção insuficiente de hormônios), tumores de hipófise e diabetes grave e sem controle.
Mulher madura – A idade avançada da mulher também é fator de dificuldade para engravidar. As chances diminuem após os 35 anos e a probabilidade é ainda menor quando a idade da mulher ultrapassa os 40 anos.
É um mito dizer que as pílulas usadas por muitos anos diminuem a possibilidade de engravidar. Ao contrário, as pílulas, desde que recomendadas pelo médico, ajudam na prevenção de cistos ovarianos, endometriose e alterações hormonais que tanto dificultam uma futura gravidez. As pílulas atuais foram desenvolvidas para que a mulher use durante quanto tempo quiser.
Para o tratamento, em muitas situações, uma medicação para induzir a ovulação e relações sexuais programadas são medidas suficientes para que o casal consiga engravidar. Existem outras técnicas mais avançadas, como a inseminação artificial, onde os espermatozóides são colhidos em laboratório e os melhores são colocados no útero da mulher.
A fertilização in vitro é a técnica onde a mulher toma injeções de hormônios diárias para induzir a ovulação. Quando isso acontece, os óvulos são retirados, fecundados em laboratório e recolocados no útero.
As chances de resultados positivos das técnicas utilizadas são variáveis. As melhores taxas percorrem a probabilidade 25% de gravidez. Para casais que ainda não desejam ter filhos, o melhor é que deixem esse tipo de preocupação para quando quiserem engravidar e aproveitem o momento a dois.
Dicas
Programe relações sexuais com maior freqüência para o período fértil, em torno do 14º dia após o primeiro dia de menstruação.
Uma boa alimentação e atividades físicas levam a uma vida saudável e com maiores chances de gravidez.
Fumo e bebidas alcoólicas afetem a fertilidade e o desenvolvimento do bebê. O ideal é parar bem antes de engravidar para que o corpo se desintoxique.