Os procedimentos podem variar de uma maternidade para outra ou de médico para médico mas sempre deve ter o consentimento da mulher que deverá todas as informações sobre todos os procedimentos para que tome a decisão ciente dos prós e contras.
Geralmente, quando a mamãe chega à maternidade, depois de preencher a ficha com os seus dados, é encaminhada a uma sala de pré-parto, onde uma enfermeira obstétrica aferirá a temperatura, pressão arterial, batimentos cardíacos, checará seu tipo sanguíneo, se a bolsa d”água se rompeu e a dilatação do colo do útero com exame do toque (a não ser em caso de cesariana previamente marcada).
De tempos em tempos o médico ou a enfermeira monitorarão os batimentos cardíacos e a pressão arterial da mamãe e do bebê, além de fazer exames para saber se está tudo bem.
Começa a assepsia, com a tricotomia (raspagem dos pelos pubianos), principalmente se for parto cesárea. Esse procedimento nem sempre são realizados, pois atualmente defende-se que a raspagem dos pelos pode aumentar as chances de infecções pelos cortes, assim como a lavagem intestinal que anos atrás era realizada, mas a maioria das mães não evacua na hora do parto, não necessitando da lavagem.
Para manter a mamãe hidratada, tomará soro pela veia (a ingestão de líquidos e alimentos normalmente não é permitida durante o trabalho de parto), mas também serve como via de medicação caso a mamãe precise durante o parto, sem que seja necessária outra picada na veia.
Cesariana e parto normal
Se a mamãe fizer cesárea, é encaminhada ao centro cirúrgico onde também receberá soro e anestesia. Pode ser preciso o uso de sonda para drenar a urina da mamãe, que será retirada seis horas após o parto.
No parto normal, a administração da anestesia depende da evolução do trabalho de parto. É indicada depois que a dilatação do colo do útero chega a cinco centímetros para não atrapalhar na hora em que a mamãe terá de fazer força para expulsar o bebê. Isso já acontece na sala onde o parto se realizará.
Quando o médico decide acelerar o trabalho de parto por questões de segurança da mãe ou bebê, usa-se medicamentos para a indução do trabalho de parto. Se a bolsa não rompeu, o médico a romperá.
Na cesariana o corte é feito no baixo-ventre, na transversal. O corte na vertical, do umbigo ao púbis, é adotado em emergências.
Sala de Parto
Na sala, a mamãe encontrará luzes especiais para focar a região entre as pernas (parto normal) ou a região da barriga (cesárea) e equipamentos variados para todo tipo de emergência.
Depois que o bebê nasce há a contração do útero para a dequitação, liberação da placenta. Quando a placenta não sai por inteiro ou o sangramento é excessivo, o médico exerce uma pressão firme para baixo sobre o abdômen da mãe fazendo com que a placenta descole do útero e seja eliminada.
Na cesariana, depois que o bebê nasce, o obstetra fecha o corte com pontos, faz os curativos necessários e observa possíveis reações à anestesia. Essas reações podem ser tremores de frio, dores nas costas e dor de cabeça (fraca ou muito intensa).
Além dos procedimentos realizados, na sala de parto a mamãe encontra muitos profissionais que não sabe quem são. Encontramos o conhecido da mamãe, seu obstetra e a enfermeira obstétrica que o ajudará.
Há também o médico anestesista, instrumentadores cirúrgicos (atuam durante a cesárea e são responsáveis pela preparação e entrega dos instrumentos) e auxiliares de enfermagem.
Se a mamãe necessitar ou o hospital tiver esse atendimento, uma doula (acompanhante) pode permanecer com a mãe para aliviar a ansiedade. Para o papai acompanhá-la, às vezes, é preciso de uma autorização por escrito da maternidade.
Esses procedimentos e profissionais são encontrados em partos realizados em hospitais. Nas casas de parto ou partos domiciliares, as intervenções médicas e profissionais são menores, com exceção do parto cesárea que é um procedimento médico cirúrgico.
Nesses lugares o que prevalece é o parto natural sem intervenções no qual a mulher escolhe quem serão seus acompanhantes.