Brinquedos Barulhentos

Brinquedo ‘pirata’ barulhento: risco à audição

Todos nós estamos cansados de ouvir aquele ditado de que “o barato sai caro”. Esse conselho não surgiu à toa e pode ser aplicado em algumas questões infantil. Te pergunto, mamãe: você já comprou um brinquedo de camelô ao seu filho?

Realmente as crianças adoram ganhar brinquedos, mas precisamos estar atentos aos riscos de segurança e saúde que “essas lembrancinhas” podem trazer. Os pais podem achar vantajoso economizar R$ 20 reais na hora da compra, mas essa tática pode custar uma enorme dor de cabeça futuramente.

Uma pesquisa realizada pela fonoaudióloga Pricila Sleifer, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, mostrou que brinquedos sonoros ilegais geralmente emitem um barulho acima do permitido pela lei, que é de 85 decibéis.

A Organização Mundial da Saúde anuncia que um barulho de 70 decibéis já é desagradável para o ouvido humano. Acima de 85 decibéis ele começa a danificar o mecanismo que permite a audição.

O uso contínuo de um brinquedo com esse volume pode danificar a audição da criança de zero a três anos, cujas alterações são irreversíveis, prejudicando também o desenvolvimento da fala e o aprendizado de um modo geral.

Percebeu o tamanho do problema? Na natureza poucos ruídos atingem 85 decibéis, com ressalva das trovoadas, das grandes cachoeiras e das explosões vulcânicas.

A fonoaudióloga relatou que um carrinho de polícia “pirata” chegou a registrar 123,6 decibéis. Sabe quanto isso representa? O som de uma moto-serra geralmente atinge 100 decibéis, enquanto uma britadeira alcança a marca de 110 decibéis.

Selo de qualidade – A maioria dos brinquedos vendidos em camelôs não tem selo de garantia de qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).

Esse selo garante que os brinquedos não trazem risco para a segurança e saúde da criança, pois passaram por diversos testes ante de chegar ás prateleiras.

Os principais testes feitos pelo Inmetro para conferir a segurança do brinquedo são:

a- Ruído, onde se verifica o nível de ruído do brinquedo, se está dentro dos limites estabelecidos na legislação.

b – Mordida, que visa descobrir se o brinquedo pode gerar partes pequenas, pontas perigosas ou partes cortantes quando arrancadas pela boca.

c – Tração, verificando a possibilidade do surgimento de ponta perigosa e do risco da criança cair sobre esta ponta.

d – Químico, onde se analisa a presença de metais pesados nocivos à saúde.

e – Inflamabilidade, testando se o produto entra em combustão rapidamente e se o fogo se espalha pelo corpo da criança, caso passe com o brinquedo perto do fogo.

f- De impacto / queda para verificar o possível surgimento de partes pequenas e/ou cortantes, pontas agudas ou algum mecanismo interno acessível à criança.

Dicas

Reflita bem, o barato pode sair caro. Um brinquedo mais barato sem garantia pode prejudicar a saúde e segurança do bem mais precioso que você tem: seu filho.

Leia com atenção todas as instruções da embalagem do brinquedo. Todo brinquedo tem suas especificações e faixa etária adequada.

Evite brinquedos barulhentos, porque ele pode não só prejudicar o ouvidinho do seu filho como pode encher a paciência da famílias.

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