O pré-conceito e não preconceito sofrido pelas crianças que apresentam alguma disfunção genética, física ou mental, ainda é grande em nosso meio social.
A discriminação é imposta por uma sociedade que não respeita tais diferenças e se omite diante das flagrantes desigualdades sociais, sem sequer refletir sobre os direitos e capacidades desses indivíduos.
Essa cultura perpassa até mesmo as escolas que apresentam dificuldades em aceitarem tais crianças – (mesmo no maternal) – que poderiam se beneficiar mais rapidamente no nível físico, psíquico, de fala e social. No entanto, alegam vários motivos: falta de vaga, desconhecimento, falta de professor especializado, etc.
A discussão sobre a inclusão faz com que muitos profissionais pensem nessas crianças; porém, para que esse movimento ganhe corpo na sociedade, é imprescindível a participação de cada cidadão, pois a mudança depende de cada um de nós.
O que muita gente não sabe, é que para trabalhar com essas crianças é necessário ter boa vontade, experiência, conhecimento pedagógico, e conhecimento do desenvolvimento motor e psíquico, que são requisitos básicos para qualquer trabalho infantil.
Geralmente, as crianças estão sob acompanhamento de uma equipe multidisciplinar desde o nascimento e poderiam auxiliar e orientar os profissionais da educação mostrando como é possível desenvolver tais trabalhos.
Vemos todos os anos a luta de mães por uma vaga para seus filhos que apresentam possibilidades de desenvolvimento, porém as portas se fecham por simples pré-conceito.
No entanto, poucas são as escolas ou as diretorias que embarcam nessa preciosa experiência e não se arrependem, percebendo o desenvolvimento, evolução e satisfação das crianças.