Depois da introdução da papinha de frutas, agora chega a hora da papinha salgada
ATENÇÃO!
Até o sexto mês de vida o bebê deverá ser alimentado exclusivamente com o leite materno. Ele não precisará de água ou chás. Qualquer mudança nessa regra deverá ser feita com orientação do seu pediatra.
Depois de cerca de quinze dias da introdução das frutas amassadas na dieta da criança, a papa salgada passa a fazer parte do cardápio. Porém, esta etapa deve ser gradual: com relação às quantidades, o ideal é aumentar um pouco a cada dia até um máximo de 2/3 de xícara de chá (equivalente a um pote de 250ml).
Acostumado com o sabor adocicado das frutas, o bebê terá agora que aprender a gostar dos alimentos salgados. Mas a adição de legumes e verduras deve ser feita da mesma maneira utilizada nas frutas – gradualmente. Em relação à quantidade, o melhor é começar oferecendo 2 a 3 colheres das de sopa no primeiro dia e aumentar uma colher a cada dia. Até atingir o equivalente a 2/3 de xícara de chá (equivalente a um pote de 250ml). Para ter certeza de que a criança está satisfeita, o ideal é que sobre sempre um pouco da comida. Ou seja, se ela em um dia comer vinte colheres e rapar o prato, no dia seguinte a mãe deve oferecer vinte e uma colheres e assim sucessivamente, até sobrar um pouco da papa. Esse cuidado, aliás, vale para todas as refeições.
Dica: embora as medidas sejam em colheres de sopa, na hora de dar a comida ao bebê utilize uma colher menor, adequada ao tamanho da boca do bebê.
A consistência deve ser pastosa e não líquida. Para isso, basta amassar os legumes e verduras com um garfo, (batendo os ingredientes no liquidificador, além de prejudicar no processo de mastigação, a mãe estará tirando a oportunidade de a criança conhecer os sabores de cada legume, de cada verdura. Então, quando o filho começar a comer como gente grande, a mãe irá reclamar que ele não gosta de nada.
É lógico, a criança que só toma sopa ou caldos está acostumada ao sabor de uma mistura que apenas muda de cor. Em geral, os legumes e as verduras – que tem função de fornecer fibras, vitaminas e sais minerais – são os primeiros itens da papinha. O ideal é que esses alimentos sejam introduzidos pelo mesmo método das papas de frutas – um de cada vez e aos poucos. Assim, deve-se começar com um legume mais uma verdura. Outro cuidado a ser tomado é com a seleção. A mãe sempre deve combinar um legume ou verdura de cor forte a outro de cor mais clara. Isso porque os mais escuros são ricos em vitamina A e C e os mais claros suprem as outras vitaminas e elementos complementares. Por exemplo, se a escolha for por espinafre, couve, agrião, beterraba ou abóbora, o melhor é mistura-los com hortaliças mais claras, como chuchu, repolho, abobrinha ou mandioquinha.
Depois de experimentar alguns tipos de legumes e as verduras, você já pode misturá-los, mas não precisa fazer uma verdadeira salada. O certo é misturar até três legumes com três tipos de folhas, sempre levando em conta a questão do claro e do escuro.
Os carboidratos – batata, arroz, milho, trigo e macarrão – também são essenciais na dieta alimentar, pois são fontes de energia. Eles devem ser introduzidos após cerca de duas semanas. As fontes de proteínas também devem ser acrescentadas nesse período. Na primeira semana, o melhor é usar essas fontes em forma de caldo, como o de feijão, de ervilha, de lentilha, de grão de bico, soja, vagem, etc.
Após uma semana, já é possível utilizar uma pequena porção – uma colher rasa das de sopa desses grãos amassados.
De tudo um pouco
A essa altura, por volta do sexto mês, a alimentação do pequeno deve ganhar mais um item: a carne, que pode ser de vaca, frango ou peixe. Em relação à quantidade, o ideal é que se comece com 50 gramas e vá aumentando até 100 gramas, o equivalente a um bife ou um filé pequeno de frango ou pescada. E não precisa ser músculo cozido na panela de pressão, pois a criança tem condições de comer qualquer carne, desde que moída ou bem desfiada. Se a mãe quiser, de vez em quando, utilizar a carne batida, tudo bem. Mas vale lembrar que o ideal é estimular a mastigação.
Junto com a carne, entra a gema de ovo – a clara só irá entrar na alimentação após um período de teste. A gema deve ser sempre cozida e amassada ou cortada em pequenos pedaços.O processo também é gradual: começa-se com um quarto da gema até se chegar a uma inteira. Também pode ser servida com a carne ou em forma de substituição. Duas gemas por semana são mais que suficientes. Mas para a criança comer uma inteira, ofereça separadamente. Se você optar por misturar na papa salgada, correrá o risco de a criança não ingerir a gema inteira caso não coma toda a papinha. Por isso, o melhor é colocar a gema em um pratinho separado e oferecê-la com as primeiras colheradas da papinha. O mesmo procedimento deve ser seguido com a carne.
Depois que a criança estiver acostumada com os ingredientes usados na papa (arroz, grãos de feijão, ervilha, vagem, lentilha, carnes, legumes e verduras. Por exemplo, você pode oferecer arroz e feijão com carne moída e um purê de mandioquinha com espinafre, batata com brócolis, chuchu com escarola etc. Para elaborar os purês. Cozinhe os legumes e as verduras com meia cebola picada. Depois amasse-os com um garfo e tempere com um pouco de salsa triturada.
Importante! Conforme você vai oferecendo novos alimentos ao bebê, vá observando possíveis reações como alergias na pele, fezes moles ou diarreias, e ao menor sinal dessas reações, veja quais alimentos podem ter causado a reação. Se as reações não forem graves como uma falta de ar, não dê esses alimentos por 2 ou 3 dias, se a criança voltou ao normal (fezes firmes, pele não está apresentando alergias), ofereça os alimentos novamente para verificar se realmente são eles os causadores. Confirmado que um determinado alimento causa algum tipo de reação no bebê, comunique ao pediatra do bebê que poderá lhe ajudar a definir o tipo de alergia ou intolerância que seu bebê tem.