Um corpo em formação e um cérebro faminto por vitaminas, minerais, proteínas, gorduras e bons carboidratos
Como todas as mamães e papais já devem saber, a alimentação afeta o desempenho escolar das crianças e dos adolescentes. Afinal: “saco vazio não para em pé”. Mas de que forma a nutrição afeta a concentração e o desempenho dos nossos pequenos?Entenda como as formas de alimentação impactam o desempenho escolar. E antes de falar da nutrição em si, devemos lembrar que crianças e adolescentes estão ainda com o corpo em formação.
Pesquisas recentes descobriram que o cérebro termina sua formação apenas por volta dos 21 anos de idade, ou seja, qualquer contusão nessa área ou deficiência de nutrientes até esta idade pode afetar a forma como raciocinamos de maneira extrema. Em particular, o cérebro consome muita energia. Na verdade, em algumas atividades nosso cérebro chega a gerar energia suficiente para acender uma lâmpada de 25w.
Contudo, o cérebro precisa de muita energia para funcionar e precisa de bastante água para manter sua temperatura normal, oxigená-lo e manter as membranas dos neurônios intactas, o que assegura uma melhor transmissão de informação entre uma célula e outra.
A água torna-se especialmente importante para crianças porque o cérebro delas tende ao superaquecimento mais rapidamente do que o dos adultos. Depois de entender um pouco do funcionamento do nosso cérebro e do nosso corpo em geral, podemos perceber as formas mais básicas de como a alimentação afeta o desempenho escolar.
Para iniciar vamos falar sobre a quantidade. Este é o tópico mais básico. É necessária uma quantidade mínima de calorias para que o corpo funcione de forma satisfatória. A atividade cerebral, como vimos, demanda muita energia, portanto, calorias.
No caso de adolescentes e, especialmente em crianças, isso é ainda mais significativo porque o metabolismo deles é bem mais rápido do que o de adultos. Uma quantidade deficiente de calorias leva à sonolência, falta de concentração, dor de cabeça e outros problemas de saúde que tornam difícil o aprendizado.
Mas não é apenas qualquer caloria que devemos comer, a qualidade do alimento é importantíssima. A quantidade certa de calorias é o primeiro passo, mas o corpo precisa de uma rotina alimentar balanceada com vitaminas, minerais, proteínas, gorduras e bons carboidratos para assegurar a integridade física dos órgãos e níveis de energia satisfatórios.
Por exemplo, uma alimentação rica em açúcar causa sonolência e fadiga. A falta de frutas e verduras no cardápio dificulta as sinapses porque o cérebro precisa de potássio e outros nutrientes para funcionar bem.
Um estudo realizado na Inglaterra, com 14.000 crianças, demonstrou que aquelas que consomem muitas vezes os chamados fast foodstem 10% mais chances de reprovar o ano letivo. Além da falta de nutrientes, os fast foods alteram o padrão do sono, algo essencial para fixar o aprendizado. Como visto acima, água é essencial para o aprendizado, mas muitas crianças e adolescentes acabam consumindo bebidas açucaradas para saciar a sede, quando na verdade estão apenas driblando a sede e mantendo a desidratação, pois já foi demonstrado que durante uma manhã de estudo, uma criança que não bebe água ou bebe apenas um copo de água tem o seu desempenho cognitivo reduzido em 10% do original por conta da desidratação.
Para concluir nossa conversa de hoje, a nutri aqui separou uma dica importantíssima: nutrição é algo importante em todas as idades, mas quando consideramos uma atividade cognitiva tão complexa como o aprendizado e um corpo ainda em formação, a nutrição torna-se algo ainda mais relevante. Portanto, para “consumir” os livros, é necessário consumir alimentos adequados para o corpo e a mente.