Além de relaxarem, é um momento que muitas aproveitam para brincar com a água com baldinhos e outros brinquedos. Mas esse momento não é apenas para diversão. . Brincando com a criança da forma correta, o banho também pode ser uma excelente oportunidade para estimular a fala dos pequenos.
Muitas vezes, a família está tão ansiosa pela fala da criança, que não percebe que isso é apenas a ponta do iceberg. Antes de falar, a criança tem que demonstrar uma série de outras habilidades que muitas vezes esquecemos de observar. A criança não brinca, não percebe o outro, não faz contato visual, não faz imitação etc. E isso tudo deve acontecer antes de fala”, explica a neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto, que alerta ainda que é preciso aproveitar todas as oportunidades da rotina da criança para estimulá-la. “E na hora do banho existem inúmeras situações em que você pode aproveitar para estimular seu filho a falar”, complementa.
A seguir, ela pontua cinco dicas para estimular a fala da criança durante o banho:
– Faça uma narração dos itens necessários para começar o banho. “Do que precisamos? Toalha, sabonete, roupas limpas, shampoo etc”. Isso será importante para que a criança observe, associe cada objeto com a palavra e tenha uma rotina a partir disso;
– Faça com que a criança nomeie as partes do corpo dela. Aos poucos ela criará uma conexão com seus membros, tronco e cabeça e a comunicação começa pelo conhecimento das palavras;
– Cante com a criança as cantigas mais conhecidas, ou até mesmo invente uma nova canção. Essa rotina além de muito divertida, motiva a participação dos pequenos;
– Estimule a contagem. Por exemplo, conte até 5 e depois molhe ela; conte 1, 2, 3 enquanto massageia os cabelos com o shampoo; conte até 10 enquanto seca o corpo com a toalha ao finalizar o banho. Numerar é estimulante, porque é uma ação que se repete sempre de forma esperada;
– Dê um pouco de shampoo para a criança, na quantidade que ela perceba que tem o produto nas mãos, mas não o suficiente para que faça espuma nos próprios fios. Dessa forma, ela se sentirá motivada a falar para pedir mais produto.
Fonte : Neuropsicóloga Bárbara Calmeto, Diretora do Autonomia Instituto