Você sabe o que é Xerostomia? Também conhecida como falta de saliva, ela pode prejudicar três funções básicas orgânicas, como, por exemplo, nutrição, comunicação e qualidade do sono. O dentista e Gerente Científico do Laboratório Gross, Maurício Moreira, explica que as pessoas com deficiência na secreção de saliva podem apresentar dificuldades de alimentação, fonação e deglutição.
A saliva exerce um conjunto de ações relevantes para a manutenção da saúde a partir da cavidade bucal, sua diminuição ou interrupção, geram um conjunto de impactos na qualidade de vida das pessoas. A falta de produção pode variar desde um pequeno desconforto ao acordar, até quadros dramáticos em que a pessoa tem dificuldade de dormir e, ainda, necessita acordar diversas vezes para hidratar a boca.
“Atualmente, são catalogadas diversas causas para o desenvolvimento da Xerostomia e, alguma delas são: idade avançada, uso de certos medicamentos, tratamento oncológico, como radioterapia e quimioterapia, ingestão de álcool, diabetes, má nutrição, tabagismo e a Síndrome de Sjören”, afirma Moreira.
O dentista explica que a Síndrome de Sjören, também é conhecida por exocrinopatia autoimune, síndrome seca, ou sicca, é uma doença inflamatória crônica, de progressão lenta, mas contínua, caracterizada pela infiltração de linfócitos nas glândulas exócrinas, aquelas que secretam fluidos para fora do corpo ou para dentro de uma cavidade do organismo.
A falta da saliva pode causar infecção na mucosa e cáries de rápida progressão. Para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, o Laboratório Gross desenvolveu a Xerolacer, linha de produtos indicada como auxiliar diário para a higiene oral de pacientes que apresentam desconforto e ressecamento da cavidade oral.
A marca mantém uma parceria com o Hospital GRAAC de São Paulo, importante hospital especializado em oncologia pediátrica e com a Associação Recomeçar, companhia que presta auxílio e esclarece dúvidas aos pacientes com doenças reumáticas do estado do Rio de Janeiro.
Funções da Saliva
A saliva tem um papel lubrificante, onde o conteúdo glicoproteico protege a mucosa de revestimentos, formando uma barreira contra estímulos nocivos, toxinas microbianas e pequenos traumas.
A consistência fluída também provê uma ação de lavagem mecânica, a qual carreia bactéricas não aderentes e restos celulares da boca. Em particular, a limpeza promovida pela saliva, limita a disponibilidade dos açúcares para microrganismos da placa bacteriana.
As proteínas que se ligam ao cálcio ajudam a formar uma película que se comporta como uma barreira protetora. Nela, também, é possível encontrar células do sangue e epiteliais, anticorpos e enzimas como a lisozima.
Adicionalmente, a capacidade-tampão da saliva ajuda a manter um pH neutro na cavidade oral. A produção de ácido pelas bactérias da superfície do dente, seguida da ingestão de carboidratos, inicia o processo carioso. A saliva age rapidamente para reverter o pH da placa bacteriana próximo à neutralidade.
“Em suma, as principais funções da saliva são proteção da boca, auxílio na digestão, na gustação e na fonação, manter a integridade do dente, hidratar, lubrificar e limpar a boca”, finaliza Moreira