5 sinais de alerta para arritmias e 5 mitos que envolvem este diagnóstico
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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e do estilo de vida, fala sobre o diagnóstico que deixou o jogador do São Paulo, Izquierdo, em uma situação bastante grave
No último dia 22 de agosto o jogador Izquierdo, do São Paulo, foi retirado às pressas do campo após apresentar um quadro de arritmia cardíaca. Desde então, o jogador segue internado com, infelizmente, um prognóstico pouco positivo. Doenças cardíacas seguem sendo uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo e estar atento aos pequenos sinais pode ser o fator determinante para salvar uma vida.
Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e certificada internacionalmente, aponta 5 sinais de arritmia que, se notados, pedem atendimento médico para um diagnóstico preciso e, caso necessário, início do tratamento.
Sinais de alerta:
1- Palpitações: a sensação de que o coração está batendo rápido demais, de forma irregular ou dando “pulos” pode ser um dos primeiros sinais de arritmia;
2- Tonturas ou desmaios repentinos: episódios de tontura, sensação de cabeça leve ou desmaios sem causa aparente podem indicar que o coração não está bombeando sangue adequadamente;
3- Fadiga sem motivo: cansaço extremo, falta de energia e fadiga mesmo em repouso podem ser sinais de que o coração não está funcionando corretamente;
4- Desconforto no peito: aperto ou dor no peito podem estar relacionados à arritmia e não devem ser ignorados, principalmente se frequentes;
5- Falta de ar, inclusive em repouso: dificuldade para respirar ou falta de ar durante atividades simples pode indicar que o coração está tendo dificuldades para bombear o sangue de maneira eficaz.
Dra Fernanda também aponta os 5 principais mitos em relação às arritmias:
Mito 1: Toda arritmia cardíaca é SEMPRE grave
A verdade: ainda que seja um diagnóstico que assuste, nem toda arritmia é grave e algumas nem requerem tratamento, apenas acompanhamento. O diagnóstico precoce é um dos fatores determinantes não apenas para entender se há necessidade de tratamento ou para evitar complicações oriundas da doença.
Mito 2: Arritmia é “doença de idoso”
A verdade: o próprio caso do jogador do São Paulo, jovem e atleta, derruba esse mito. A verdade é que a arritmia pode acometer inclusive bebês, não sendo a idade um fator determinante para o desenvolvimento da doença.
Mito 3: Se você tem arritmia, deve parar de praticar atividade física
A verdade: a prática de atividade física com acompanhamento médico é, inclusive, um dos tratamentos recomendados para melhorar a saúde cardíaca.
Mito 4: O tratamento para arritmias sempre é medicamentoso
A verdade: o que vai ditar o tratamento de uma arritmia é a sua gravidade. Em alguns casos apenas o tratamento medicamentoso é necessário, porém outros casos pedem intervenções como, por exemplo, o implante de um marcapasso.
Mito 5: Bebidas alcoólicas SEMPRE causam arritmias
A verdade: o consumo exagerado de álcool é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de arritmias, mas o consumo moderado ou social não apresenta grandes riscos. A moderação no consumo, somada a um estilo de vida saudável, faz com que o álcool não seja um fator primário nas arritmias. Mas, novamente, estamos falando de consumo leve a moderado. Consumo exagerado, sim, é fator de risco aumentado para arritmias.
Fonte: Dra Fernanda Weiler é formada em medicina pela Universidade de Brasília (UNB) com residência em cardiologia pela mesma Universidade. É membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e certificada internacionalmente em Medicina do Estilo de Vida. Entre 2014 e 2015 foi professora da UNB, mesma Universidade em que se formou.