O estado de São Paulo enfrenta um aumento preocupante nos casos de febre amarela.

Desde julho de 2024, foram registrados 15 casos da doença em humanos, com 9 óbitos. Em janeiro de 2025, Campinas já contabiliza dois casos, um deles fatal. Outros municípios afetados incluem Amparo, Joanópolis, Tuiuti, Valinhos, Pedra Bela, Brotas e Socorro. Em fevereiro, o estado do Amapá registrou a primeira infecção.
Diante deste cenário, autoridades de saúde reforçam a necessidade da vacinação como principal medida de prevenção. De acordo com a infectologista do São Cristóvão Saúde, Dra. Michelle Zicker, a vacina é segura e eficaz, evitando a forma grave da doença. “A maioria dos casos registrados até o momento ocorreu em indivíduos sem comprovação de vacinação. Isso mostra a importância de manter a imunização em dia”, alerta a especialista.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida por mosquitos. No Brasil, o ciclo de transmissão é silvestre, com os gêneros Haemagogus e Sabethes como principais vetores. O vírus não é transmitido diretamente de pessoa para pessoa, e os macacos, embora também infectados, não transmitem a doença.
Os sintomas iniciais incluem febre súbita, dores musculares, calafrios, náuseas, dor de cabeça intensa e fadiga. Em cerca de 15% dos casos, a infecção pode evoluir para uma forma grave, com febre alta, icterícia, hemorragias e insuficiência de órgãos, podendo levar à morte em 20% a 50% dos casos graves. “Assim que surgirem os primeiros sintomas, é essencial buscar atendimento médico imediato”, reforça Dra. Michelle.
Com o Carnaval e outros feriados se aproximando, especialistas recomendam que aqueles que viajarão para áreas de risco revisem sua carteira de vacinação e busquem um posto de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem. Além da vacina, medidas preventivas incluem o uso de roupas que cubram a pele, repelentes e mosquiteiros para bebês menores de seis meses.
“A febre amarela é uma doença grave, mas prevenível. A vacinação continua sendo a melhor estratégia para conter sua disseminação e evitar novos óbitos”, reforça a infectologista.
Fonte: Infectologista do São Cristóvão Saúde, Dra. Michelle Zicker – Grupo São Cristóvão Saúde – Administrado pela Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão, o Grupo São Cristóvão Saúde possui 10 Unidades de Negócio, que englobam: Hospital e Maternidade, Plano de Saúde, Centros Ambulatoriais, Centro Cardiológico, Centro Laboratorial (CLAV), Centro Endogástrico (CEGAV), Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS I e II), Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP Dona Cica) e Filantropia.