A funcionária teria abortado e sido impedida de deixar a agência enquanto não fechasse o caixa, durante esse tempo o feto abortado ficou em um saco plástico
Essa notícia, publicado no site do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e no Tocantis, se confirmada (clique aqui para ler a notícia), é algo chocante e inimaginável.
Sabe-se que o assédio moral nas empresas acontece e quase sempre com a intenção de provocar na gestante o desejo de pedir demissão, seja durante a gravidez ou no retorno da Licença Maternidade, mas o que se vê nesse caso é algo monstruoso, caso se confirme.
Segundo o MPT, a funcionária grávida, após sofrer um aborto espontâneo, mesmo ensanguentada, foi impedida de sair da agência até que fechasse o caixa da tesouraria, o que somente ocorreu três horas depois do aborto. Durante todo esse período o feto morto foi mantido em um saco plástico.
Será que existe alguém que fosse capaz de pensar em uma situação desse tipo? Será que é mesmo mais importante terminar uma tarefa dentro de uma empresa do que socorrer física e psicologicamente uma gestante que acaba de ter seu sonho de ser mãe interrompido? Será mesmo que é possível tratar a situação como se um aborto fosse algo comum como uma dor de cabeça ou uma queda em que se tem o joelho ralado/esfolado?
Desejamos que nada disso seja verdade, mas infelizmente, segundo o Ministério Público, há vários depoimentos de diversos funcionários que presenciaram esse triste episódio. Triste porque estamos falando de pessoas que foram incapazes de se colocarem na posição dessa gestante e que ao invés de lhe acudir continuaram a lhe agredir, sem chances de defesa e covardemente.
Fica aqui nosso desejo de que essa funcionária se recupere psicologicamente e que possa em breve realizar seu sonho de ser mãe.
A Ação Civil Pública foi ajuizada na 1ª Vara do Trabalho de Palmas com audiência marcada para o dia 18/06/2015 às 8h15.
O número do processo é 0001562-43.2015.5.10.0801
Infelizmente tivemos que publicar essa notícia.