A inflamação que afeta bebês até 2 anos, agora pode ser prevenida com vacina em gestantes ou medicação nos bebês. Entenda quando cada opção se aplica
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Quem já lidou com bebês sofrendo com a bronquiolite, sabe como são bem-vindas as novas formas de tratamento que acabam de chegar ao Brasil.
A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos pulmonares, como explica o Dr. Paulo Telles, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). “Quando o bebê pega algum vírus, a inflamação aumenta a produção de secreção, o que leva à diminuição das vias respiratórias, dificultando a respiração”, resume o especialista.
Nas formas mais graves, a bronquiolite pode levar a internações, sendo a principal causa entre bebês de até 2 anos, como alerta a Dra. Anna Dominguez Bohn, Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que conta a novidade recém-aprovada pela Anvisa: A vacina Abrysvo. “Ela é aplicada em dose única durante a gestação e previne contra o vírus VRS (principal motor da bronquiolite)”, explica a médica.
Sendo assim, gestantes que estiverem com 32 a 36 semanas e 6 dias entre dezembro e julho poderão tomar a vacina para proteger os bebês que nascerão na sazonalidade do vírus, de fevereiro a agosto. “A previsão de chegada da vacina é para o segundo semestre de 2024”, avisa a médica.
Outra medida de combate revelada pela Dra. Anna é a imunoprofilaxia com anticorpo monoclonal para VRS, ministrado em dose única a bebês que tiverem de 0 a 8 meses no período de sazonalidade. “O ‘Nirsevimab’ também já é aprovado pela Anvisa, e deve chegar no segundo semestre”.
Dr. Telles reforça a importância de observar os sintomas. “O grande risco é porque o corpo aumenta a frequência das respirações para manter a oxigenação, mas esse esforço pode levar a fadiga muscular e insuficiência respiratória”, detalha. Por isso, ele atenta ao período que vai do terceiro ao quinto dia: “É aí que a tosse pode piorar e a criança começará a respirar mais rápido”.
Sinais de que é hora de ir ao hospital:
- Esforço para cada respiração, como se tivesse corrido ou feito exercício;
- Respiração muito acelerada, dificultando a fala ou choro;
- Costelas puxando a cada respiração (chamadas de retrações);
- Respiração com chiado, barulho de assobio;
- Respiração mais rápida do que o normal, acima de 40 vezes por minuto;
- Lábios ou o rosto azulados ou arroxeados;
- Prostração excessiva ou sinais de desidratação
Fonte:
Dr. Paulo Nardy Telles – CRM 109556 @paulotelles –
Dra Anna Dominguez Bohn – CRM SP 150 572 – RQE 106869/ 1068691