O câncer de ovário é a terceira neoplasia ginecológica mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de colo de útero e endométrio (corpo do útero)
O câncer de ovário é um tumor ginecológico de difícil diagnóstico. Por este motivo, apresenta as menores taxas de cura, visto que geralmente é descoberto em estágio avançado.
Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para cerca de 6.600 novos casos ao ano da doença e quase 4 mil óbitos.
Por isso, exames preventivos e consultas periódicas ao ginecologista são indispensáveis.
Câncer de Ovário e Carcinomatose Peritoneal
Uma vez confirmado o câncer de ovário, diversas opções de tratamento poderão ser indicadas, conforme o estágio da doença e as condições clínicas da paciente.
Quando detectado no início, há mais chances de cura. A cirurgia e a quimioterapia são grandes diferenciais no tratamento do câncer de ovário avançado, explica o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião oncológico e e coordenador do centro de carcinomatose peritoneal dos hospitais BP e BP Mirante, da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
“Em alguns casos, a partir do câncer de ovário, pode haver a disseminação da doença pela cavidade abdominal. Quando a doença sai de seu órgão de origem, se espalhando pelo peritônio, que é a membrana de revestimento interno do abdome, temos a Carcinomatose Peritoneal”, explica o especialista.
Antigamente, esta era uma situação sem qualquer expectativa de cura para o paciente, levando a complicações fatais, como a obstrução intestinal.
Hoje, com as técnicas existentes, profissionais em constante capacitação e hospitais de referência para o tratamento da carcinomatose peritoneal, o prognóstico pode ser bem diferente.
Prevenção
Não existe prevenção para o câncer de ovário, portanto, consultas regulares ao ginecologista e exames de rotina são importantes para que seja possível um diagnóstico precoce. O exame de ultrassom é um dos exames que auxiliará na identificação de que há alguma anormalidade nos ovários. Se houver, exames de sangue específicos e cirurgia podem ser necessários.
Cerca de 10% dos casos apresentam componente genético ou familiar. Assim, no caso de histórico familiar da doença, ou também de câncer de mama, útero ou colorretal, o médico deverá ser informado.
Vale destacar que o exame preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta este tipo de câncer. O teste é específico para o câncer do colo do útero.
Fonte Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião oncológico e e coordenador do centro de carcinomatose peritoneal dos hospitais BP e BP Mirante, da Beneficência Portuguesa de São Paulo.