Candidíase: não oferece risco, mas incomoda

A Candidíase é uma infecção vaginal muito comum na gravidez, porém, apesar de causar desconforto para a mãe, não prejudica o bebê nem a evolução da gestação.

É causada por um fungo que pertence à flora vaginal, a Cândida. Durante a gestação o corpo da mulher sofre alterações hormonais, os níveis de estrogênio se elevam e com isso a flora vaginal se altera. Assim, esse fungo tende a se replicar demais causando a infecção. A candidíase aparece em mulheres gravidas com uma frequência 10 vezes maior do que em outros períodos.

Os sintomas são um corrimento branco e denso, com aspecto de massinha, além de irritação, coceira e inchaço na vagina. A mulher pode sentir ardência na hora de fazer xixi e dor durante a relação sexual.

É importante avisar o médico quando aparecer qualquer tipo de corrimento durante a gestação, para que ele possa indicar o tratamento correto. Geralmente, a candidíase é combatida com cremes vaginais específicos, que costumam aliviar bastante os sintomas. Dependendo da resistência do fungo, pode ser necessário manter o tratamento por quinze dias ou mais. Porém, alguns obstetras preferem não dar nenhum medicamento quando a doença aparece nos três primeiros meses de gestação.

Como existem grandes chances das crises se repetirem diversas vezes até o parto, o importante é tomar alguns cuidados para que o problema não volte a aparecer. Como o fungo se prolifera em lugares quentes e úmidos, as gestantes devem usar calcinhas de algodão para permitir a transpiração na região. As roupas devem ser confortáveis e calças apertadas devem ser evitadas. Também ajuda dormir sem calcinha e não ficar muito tempo com o biquíni molhado. Outra boa dica é passar a calcinha com ferro bem quente depois da lavagem. A vagina deve ser higienizada com frequência e, se possível, diminuir o uso de sabonete, lavando a região abundantemente com água.

Mulher com coceira na vagina - foto: Barabasa/ShutterStock.com

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