Situações como a da cantora levantam dúvidas sobre o sofrimento emocional da incerteza antes do parto para mães e pais; psicóloga perinatal explica como enfrentar esse momento
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Reprodução/Instagram
A reta final da gestação pode ser um período de grande expectativa, mas também de angústia e insegurança, principalmente quando surgem complicações de saúde. A cantora Lexa, grávida de seis meses, está internada com pré-eclâmpsia e pediu orações pela sua filha, Sofia. Casos como esse despertam uma questão difícil: como lidar com a espera quando o final da gravidez foge do planejado?
De acordo com Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline, o final da gravidez é um período de grande vulnerabilidade emocional. “A reta final da gestação é um período de grande vulnerabilidade emocional para as mulheres. Quando surgem riscos para a mãe ou o bebê, o medo e a ansiedade podem se intensificar, por isso é importante um apoio psicológico nesse período”, explica.
Pais também sofrem com a incerteza antes do parto
Os pais também vivenciam a gestação de forma intensa, mas muitas vezes não encontram espaço para expressar seus sentimentos. Assim como as mães, eles podem sentir medo e ansiedade e precisam de suporte emocional adequado.
“O acolhimento deve ser para os pais e sua rede de apoio. Os homens costumam se colocar no papel de quem precisa ser forte para apoiar a parceira, mas eles também vivenciam o medo, a frustração e a angústia”, orienta.
Ainda de acordo com a psicóloga, o acompanhamento psicológico, a troca com outras famílias que passaram por situações semelhantes e o apoio de amigos e familiares podem ajudar a aliviar a carga emocional dos pais e fortalecer sua presença nesse período de espera.
Como lidar com a ansiedade antes do parto?
Cada família vive essa fase de maneira única, mas algumas atitudes podem ajudar a minimizar o medo e trazer mais segurança:
1) Apoio profissional: Buscar suporte psicológico e manter um diálogo próximo com a equipe médica pode ajudar a reduzir incertezas.
2) Rede de apoio: Contar com familiares e amigos para compartilhar sentimentos e preocupações é fundamental.
3) Evitar sobrecarga de informações: O excesso de buscas sobre o assunto pode aumentar a ansiedade. É importante se informar com fontes seguras e evitar especulações.
4) Práticas de bem-estar: Técnicas como respiração, meditação e exercícios leves podem ajudar a aliviar o estresse.
5) Validação dos sentimentos: Nenhum medo ou insegurança é exagero. Conversar sobre essas emoções pode torná-las mais fáceis de lidar.
Fonte: Profª-Dra. Rafaela de Almeida Schiavo é psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline. Desde sua formação inicial, dedica-se à saúde mental materna, sendo autora de centenas de trabalhos científicos com o objetivo de reduzir as elevadas taxas de alterações emocionais maternas no Brasil.